Desde o século XII, Nossa Senhora da Divina Providência já era invocada na Itália. Só no século XVIII, porém, esse título foi reconhecido oficialmente pela Santa Sé e se espalhou pelo mundo se difundindo na Europa, chegando até a Espanha, onde foi construído um santuário, em Terragona.
A história desse quadro teve início quando, para ampliar a famosa Piazza Colonna, foi preciso demolir um antigo convento ali existente. Em uma das paredes estava encrustado o belíssimo afresco de autor desconhecido, representando a Virgem Maria.
Apesar de todo cuidado que tiveram para removê-lo, não conseguiram evitar que o quadro caísse e se fizesse em pedaços.
O arquiteto, sentindo vivamente a perda do afresco, quis indenizar os religiosos, e a grande custo adquiriu um quadro da Virgem, obra-prima de Scipione Pulzone. A pintura, que tem 54 cm de altura por 42 de largura, foi colocada no altar do oratório situado no primeiro andar do convento de São Carlos, por ser o local em que os religiosos se reuniam para os exercícios de piedade.
Quase um século depois, um jovem sacerdote encontrou entre velhos documentos um manuscrito sobre a construção da igreja e do mosteiro, no qual o fundador dizia ter sido a Virgem Maria sua única provedora naquela obra. Como por inspiração divina, mandou fazer uma cópia do quadro doado pelo engenheiro e colocou-o no corredor entre o convento e a igreja, com a seguinte inscrição: "Mater Divinae Providentiae". O corredor, onde estava o quadro, foi transformado em capela, inaugurada em 1744.
Surgiu então a Confraria de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência. O Superior Geral dos Barnabitas na época, Pe. Mário Maccabei, mandou transformar o local em uma capela, inaugurada em 28 de junho de 1742. O grupo de fiéis foi aumentando e se transformou em Confraria, aprovada pelo papa Bento XIV, em 25 de setembro de 1744. O Papa Gregório XVI a elevou à categoria de Arquiconfraria, no dia 16 de julho de 1839. Muitos papas, reis e príncipes se inscreveram na Arquiconfraria, mas quem mais se distinguiu pelo zelo e devoção foi o papa Pio IX, que frequentava a Igreja de São Carlos. Em novembro de 1888, por um decreto do Cabido Vaticano, a imagem foi solenemente coroada, incentivando, assim, sua veneração sob o título Mãe da Divina Providência. A atual Capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, na Igreja de São Carlos ai Catinari, foi inaugurada em 1848.
Desde então cresceu e se expandiu por toda parte a devoção a Nossa Senhora da Divina Providência, que começou a ser divulgada no Brasil com a chegada dos padres barnabitas, em agosto de 1903. Também pelos padres barnabitas a devoção se espalhou-se nas Américas.
Em sua iconografia original observa-se que somente a Virgem tem uma fina e luminosa auréola em torno da cabeça, sempre representada em pinturas e afrescos com um menino nos braços, é importante destacar que esse menino, diferentemente do que se pensa, não representa apenas o menino Jesus, mas também a humanidade sob a proteção de sua mãe, a Virgem Imaculada.
Porto Rico, pequena ilha das Antilhas, elegeu-a sua Padroeira. Os portorriquenhos dividem sua devoção entre Nossa Senhora da Divina Providência e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi declarada patrona de Porto Rico em 1969, pelo papa Paulo VI.
A devoção a Nossa Senhora da Divina Providência, foi trazida para América, quando Monsenhor Gil Esteve y Tomás foi nomeado bispo de Porto Rico. Ele era da congregação dos padres barnabitas, procedente da Catalunha, Espanha, e trouxe consigo para Porto Rico uma imagem de Nossa Senhora da Divina Providência que mandou fazer em Barcelona, e a ela ofereceu um altar na Catedral.
Nossa Senhora da Divina Providência, protetora dos padres barnabitas e das Irmãs Angélicas, ambos filhos espirituais de Santo Antônio Maria Zaccaria, possui 5 paróquias no Brasil.
ORAÇÃO:
Ó Maria Virgem Imaculada,
Senhora da Divina Providência,
sustentai a minha alma
com a plenitude da vossa graça,
governai a minha vida
e dirigi-me nos caminhos da virtude,
até o cumprimento perfeito da Divina Vontade.
Alcançai-me o perdão de minhas culpas;
sede o meu refúgio,
a minha proteção,
defesa e guia na peregrinação deste mundo;
consolai-me na minha aflição,
sustentai-me no perigo,
sede o meu seguro asilo
nas tormentas da adversidade.
Ó dulcíssima Senhora da Providência,
lançai um olhar materno sobre mim,
porque sois a minha esperança.
Fazei que eu possa saudar-vos no céu
como Mãe da Glória.
Amém.
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