quarta-feira, 29 de agosto de 2018

30-NOSSA SENHORA DE LUJÁN (PADROEIRA DA ARGENTINA), 8 DE MAIO


        Na Argentina a devoção mariana remonta aos seus colonizadores, em maio de 1630. Diz a tradição que nas guerras da independência os conquistadores e generais não saíam para as batalhas sem antes pedir com seus soldados a proteção da Virgem Maria. Entre os muitos santuários dedicados a Nossa Senhora, destaca-se o de Luján, cerca de 67 km a oeste de Buenos Aires.
        Não podemos deixar de mencionar que o papa Francisco, é um dos filhos da Virgem de Luján, padroeira da Argentina, seu país de origem!
        A origem do título Nossa Senhora de Luján é contada de pai para filho.
        Um cavalheiro português muito piedoso e devoto de Maria Santíssima, Antonio Farias de Sá, habitante de Sumampa, hoje Santiago deI Estero, resolveu construir em sua estância, próxima à cidade de Córdoba del Tucuman, uma ermida dedicada à Imaculada Conceição, encomendando-lhe uma efígie da Virgem Imaculada para sua capela em Sumampa.
    Escreveu então a um amigo, também português, residente em São Paulo, no Brasil, encomendando-lhe uma imagem da Imaculada Conceição, para sua capela de Sumampa.
O amigo enviou-lhe, duas ricas esculturas em caixotes separados, sendo uma delas a da Senhora da Conceição e a outra, uma estátua da Mãe de Deus com o menino nos braços. 
        Após tranquila travessia marítima, as duas imagens chegaram ao porto de Buenos Aires e forma colocadas num carro de bois, que seguia com outros carros, levando mercadorias para o interior. 
        Três dias depois, a caravana acampou a uns 5km da vila de Lujan, num rancho pertencente a outro português, D. Rozendo Oramas, proprietário de terras na região. Ali pernoitaram. Na manhã seguinte, trataram de ajuntar os bois e seguir viagem. Sucedeu então um fato extraordinário que encheu de assombro as pessoas presentes. Todas as viaturas andaram facilmente, exceto a que levava as estátuas. Por mais esforço que fizessem, o carro continuava imóvel, como se estivesse chumbado à terra por força invisível. 
        Ao lado pode-se observar a imagem da Virgem de Luján sem o manto que a envolve.
        O carreteiro, indagado sobre o que transportava, respondeu que nada de extraordinário, exceto dos caixotes com estatuetas de Nossa Senhora para um amigo. O acontecimento repercutiu logo nos arredores e inúmeros curiosos acorreram ao local. Os espectadores, admirados, aconselharam que se tirasse toda a carga. Imediatamente, sem nenhuma dificuldade, os bois puxaram a viatura. Foi então que um dos presentes, como por inspiração divina, sugeriu ao condutor que tirasse um dos caixotes. O carro porém ficou do mesmo jeito. "Troquem os caixotes e veremos o que acontece", falou o mesmo assistente. Na mesma hora os bois se puseram a andar por si mesmos, sem nenhum estímulo.
        Vendo no ocorrido o dedo de Deus, que tão claramente se manifestava, entenderam que a Virgem Maria desejava um santuário naquele lugar.
       Abriram o caixote para ver a milagrosa imagem e deram-lhe o título de Nossa Senhora de Lujan, porque foi a margem do rio Luján que aconteceu o prodígio. 
        Esse local ficou conhecido como a "detenção da carreta" ou o "milagre de Luján".
        Felizes por terem sido testemunhas daquele fato miraculoso, os viajantes e os assistentes levaram com muito respeito e devoção a efígie da Imaculada Conceição para a fazenda de D. Rozendo de Oramas, colocando-a em seu oratório. Foi construída mais tarde uma capela, onde a Virgem começou a receber o culto dos fiéis. 
        Não comportava mais, portanto, a primitiva capela, o número sempre crescente dos que vinham de perto e de longe implorar o socorro de Nossa Senhora de Luján, de modo que em 1874 foi projetado o atual santuário, em estilo gótico, com duas torres de 106 metros de altura. 
        O esplêndido santuário, cuja beleza arquitetônica é uma das glórias da República Argentina, recebe  anualmente milhares de romeiros, provenientes de todas as partes da América. No entanto, sua imagem milagrosa, venerada por milhares de fiéis argentinos, é genuinamente brasileira. 
        A outra imagem da Virgem com o Menino foi levada para Sumampa e atualmente é venerada sob o título de Nossa Senhora da Consolação. 
        O Padre Salvaire, em 1886, apresentou ao papa Leão XIII, o pedido dos bispos e dos fiéis argentinos para a coroação da Virgem, o pontífice abençoou a coroação e institui missa e dia para as festividades da Virgem, foi instituído, no sábado e a Coroação foi realizada em 08 Maio de 1887 e em 1930 Nossa Senhora de Luján foi declarada padroeira da Argentina. 
        A imagem de Nossa Senhora de Luján é uma pequena escultura de cerca de 45 cm de altura. Representa Nossa Senhora da Conceição com a lua debaixo dos pés e todo o corpo coberto por um manto bordado, deixando aparecer somente as mãos e o rosto da Senhora. Sobre ele pende um enorme colar, terminando com uma cruz e na cabeça ela usa uma coroa imperial. Geralmente sua vestimenta é de cetim branco bordado a ouro. 
Sua festa principal é celebrada no dia 8 de maio.

ORAÇÃO:
Ó Virgem Santíssima de Lujan! 
A ti recorremos 
neste vale de lágrimas, 
atraídos pela fé e pelo amor 
que tu mesma infundistes 
em nosso coração.
Ó Mãe querida! 
Alivia a nossa dor, 
consola as nossas angústias, 
dá-nos o pão material 
e o alimento espiritual 
para fortalecer o nosso corpo 
e a nossa alma. 
Faze com que não nos falte 
um emprego estável 
e uma justa remuneração. 
Elimina o ódio e o egoísmo 
do coração de todos os homens.
Virgem Santíssima de Lujan! 
Ilumina o nosso caminho 
para que, unidos na paz e fraternidade, 
com todos os irmãos da terra, 
continuemos a marcha gloriosa 
para a casa do Pai. 
 Abençoa, ó Mãe, a Argentina, 
cujos filhos cantam os teus louvores, 
agora e pelos séculos dos séculos. 
Amém.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

29-NOSSA SENHORA DE GUADALUPE (PADROEIRA DO MÉXICO E DA AMÉRICA LATINA), 12 DE DEZEMBRO


  
        O autor desse blog tem grande apreço a Virgem de Guadalupe. "A imagem de Guadalupe parece ter o que chamamos de dom de línguas, isto é, Ela fala a cada um em seu próprio idioma, aos cientistas fala pela ciência, aos historiadores Ela fala pela história, aos antropólogos pela antropologia, e ao longo da história, podemos imaginar que nas aparições do século XVI ela tenha falado aos índios através desta imagem que para eles era um códice, para os índios a imagem era um modo de se comunicar, e eles leram nesta imagem uma série de mensagens, uma mensagem de amor" (trecho do documentário de Nossa Senhora de Guadalupe, no vídeo abaixo).
        A devoção a Nossa Senhora no México é embalada por uma belíssima história de aparição.
        No início do século XVI, na madrugada do dia 9 de dezembro de 1531, o índio recém batizado, Juan Diego, quando se dirigia à capela para assistir à missa, passando pela colina de Tepeyac, ouviu uma suave melodia.
        Olhando para o lado, viu sobre uma nuvem branca uma linda senhora que resplandecia de luz, tendo ao seu redor um brilhante arco-íris. Surpreso, ouviu-a chamá-lo pelo nome e dizer-lhe que era a verdadeira Mãe de Deus.
        Incumbiu o índio de dizer ao bispo do local, Dom Juan de Zumárraga, que construísse naquele local um templo para sua veneração.
        Dom Juan de Zumárraga, não acreditou na história do índio e lhe pediu um sinal da Virgem Maria.
       De volta, Juan Diego desanimado pediu à Senhora com toda a humildade que escolhesse outro mensageiro mais importante.
        Nossa Senhora respondeu-lhe, porém, que não faltariam pessoas de projeção social que tivessem prazer de serví-la, mas ele fora o escolhido. Como o bispo houvesse exigido uma prova concreta, a Mãe de Deus recomendou a Diego que voltasse no dia seguinte, quando receberia o sinal desejado.
        Juan Diego, entretanto, voltando para casa, encontrou seu tio e pai de criação gravemente enfermo, razão pela qual na manhã seguinte saiu à procura der um padre para administra-lhe os últimos sacramentos, desviando-se então da colina onde lhe aparecera a Virgem Santíssima.
        Seguia apressado por um atalho, quando ouviu uma voz que lhe perguntou: "Aonde vais?" O índio, envergonhado, desculpou-se, mas a Mãe Boníssima replicou-lhe que não se preocupasse com a doença do tio, pois ele estava curado.                 Vendo que o índio se tranquilizara, a celestial Senhora ordenou-lhe que subisse ao cume do outeiro e colhesse todas as rosas que pudesse, recolhendo-as em sua capa, mas não as mostrando a ninguém, a não ser ao bispo.
        Naquela época do ano, a colina era coberta de neve, o que seria impossível a germinação de rosas, sendo esse um dos milagres da história da Virgem de Guadalupe.
        Chegando ao palácio episcopal, o humilde silvícola desdobrou seu manto perante o prelado que viu a imagem da Virgem Maria pintada na capa, de onde caíam rosas. Embaixo das flores, bordada no manto do índio, aparece a figura da Virgem de Guadalupe.   
        Admiradíssimo com o prodígio das rosas frescas e balsâmicas em pleno inverno, e emocionado ao contemplar a maravilhosa imagem, o bispo caiu de joelhos e beijou piedosamente a fímbria daquele tosco pano de pita trançada.
        Em seguida, retirando a capa do índio, levou-a ao seu oratório e pediu a Diego para lhe mostrar o local da aparição.
        Dom Juan teve a confirmação que tinha pedido e, seguindo as instruções de Nossa Senhora, providenciou a construção da Igreja em sua honra, que até hoje é venerada sob o título de Nossa Senhora de Guadalupe.
        Ao voltar para casa, o feliz neófito encontrou seu tio completamente curado, o qual lhe disse ter sido visitado por uma Senhora de beleza jamais vista que lhe falara com carinho e dissera desejar ser chamada "Tequathanouph", isto é, "que teve origem no cume de pedreira". Esta palavra, moldada à língua espanhola, transformou-se em Guadalupe.
        O retrato de Santa Maria de Guadalupe, na imagem ao lado, que até hoje se conserva no Santuário no México, foi feito sobre áspero tecido de fibras de pita. Todos os artistas que o examinaram exaltam a harmonia de linhas e a beleza do colorido, que não conseguem imitar.
        Representa Nossa Senhora de tez morena, com olhos claros e muito límpidos, vestida à moda das mulheres da Palestina, inclusive a forma de coifa com que o manto lhe cobre a cabeça, hábito que se conserva ainda hoje naquela região. 
        O manto de Juan Diego mantém-se perfeitamente conservado até nossos dias, apesar de se terem passado 470 anos, e o impressionante é que a média de duração do tecido usado por Juan Diego é de cerca de 20 anos. Podemos encontrá-lo no Santuário, onde é objeto de devoção e de profundo respeito por parte do povo fiel. O tecido, levado para uma capela, não sofreu o desgaste natural do tempo, e o mais impressionante é que em sua história, foi derramado ácido sobre ele e a mancha está desaparecendo gradativamente. O ácido não corroeu o tecido e o dano que causou está desaparecendo. Somente no século XX o tecido foi conservado em uma proteção de vidro, como está até hoje.
        O material e a técnica utilizados na confecção do quadro permanecem um mistério.
   A curiosidade maior são os olhos da Virgem nos quais, após estudos científicos, foi possível revelar-se a imagem de um homem de 50 anos, Juan Diego, e de um grupo de pessoas em oração. Nossa Senhora de Guadalupe é por isso lembrada para cura de doenças dos olhos.
        Muitos estudiosos analisaram a pintura original, hoje entronizada no santuário, na colina de Tepeyac, ao lado podemos ver o Santuário construído em honra a Virgem de Guadalupe, "La Morenita" como a chamam carinhosamente os mexicanos, aos quais tem a ela um grande apreço devocional como verdadeira Mãe.
        Professores de Universidades e pintores famosos, de renome internacional, declararam sob juramento que em algumas partes a pintura de Tepeyac parece a óleo e em outras a aquarela, porém não é uma nem outra. Nenhum tecido pode ser preparado ao mesmo tempo para as duas qualidades de tinta e aquele não possui qualquer preparo. As partes em dourado parecem ter o pigmento das mariposas, mas diferem porque o dourado não é superficial, mas está no âmago da fibra. O retrato da Virgem de Guadalupe foi, pois, enquadrado na classe das imagens aquiropitas, isto é, não pintadas por mãos humanas.
        No documentário abaixo, que a propósito é um dos melhores já feitos sobre a Virgem de Guadalupe, é narrada, além da história de Nossa Senhora, os estudos realizados que atestam a veracidade da história.
        De Portugal, para onde foi levada por dois lusitanos que estiveram no México, a devoção de Nossa Senhora de Tepeyac veio para a Terra de Santa Cruz com os primeiros colonizadores. Os pardos e os mestiços tomaram logo a Virgem Morena por Padroeira, erigindo-lhe templos na Bahia e em Olinda.
        Do México sua devoção foi levada a vários países da Europa e de toda a América Latina, quando em 1945, o Papa Pio XII, a declarou padroeira de toda a América.
Todo o registro histórico foi realizado em um famoso documento "Nican Mopohua" (Aqui se conta) de 1649, sendo esse o mais antigo registro do acontecimento e tendo a maior proximidade dos fatos de 1531, que você pode ler ou baixar em pdf nesse link.
        No vídeo abaixo é possível ouvir a música encontrada com a posição das estrelas, encontrado no manto de São Juan Diego:

ORAÇÃO DE SÃO JOÃO PAULO II A NOSSA SENHORA DE GUADALUPE 

Oh, Virgem Imaculada, 
Mãe do verdadeiro Deus e Mãe da Igreja!
Tu, que desse lugar 
manifestas tua clemência e tua compaixão 
a todos que solicitam teu amparo; 
escuta a oração que com filial confiança te dirigimos 
e a apresente a teu Filho Jesus, nosso único Redentor. 
Mãe de Misericórdia, 
Mestra do sacrifício escondido e silencioso, 
a ti, que vens ao encontro de nós pecadores, 
te consagramos neste dia todo nosso ser e todo nosso amor. 
Consagramos-te também nossa vida, 
nossos trabalhos, nossas alegrias, 
nossas enfermidades e nossas dores. 
Concede a paz, a justiça e a prosperidade a nossos povos. 
Tudo o que temos e somos colocamos sob teus cuidados, 
Senhora e Mãe nossa. 
Queremos ser totalmente teus 
e percorrer contigo o caminho de plena fidelidade 
a Jesus Cristo em sua Igreja. 
Não nos soltes de tua mão amorosa. 
Virgem de Guadalupe, 
Mãe das Américas, 
te pedimos por todos os bispos, 
para que conduzam os fiéis por caminhos de intensa vida cristã, 
de amor e de humilde serviço a Deus e às almas. 
Contempla esta imensa messe, 
e intercede para que o Senhor infunda fome de santidade 
em todo o Povo de Deus, 
e envie abundantes vocações sacerdotais e religiosas, 
fortes na fé e zelosos dispensadoras dos mistérios de Deus. 
Concede aos nossos lares 
a graça de amar e respeitar a vida que começa, 
com o mesmo amor com que concebeste em teu seio 
a vida do Filho de Deus. 
Virgem Santa Maria, 
Mãe do Formoso Amor, 
protege nossas famílias, 
para que estejam sempre muito unidas, 
e abençoe a educação de nossos filhos. 
Esperança nossa, 
lança-nos um olhar compassivo 
ensina-nos a procurar continuamente a Jesus 
e, se cairmos, ajuda-nos a nos levantar, 
a nos voltarmos a Ele, 
mediante a confissão de nossas culpas e pecados 
no sacramento da Penitência, 
que traz serenidade à nossa alma. 
Nós te suplicamos 
para que nos concedas um grande amor 
a todos os santos Sacramentos, 
que são as pegadas de teu Filho na terra. 
Assim, Mãe Santíssima, 
com a paz de Deus na consciência, 
com nossos corações livres do mal e do ódio 
poderemos levar a todos a verdadeira alegria 
e a verdadeira paz, 
que vem de teu Filho, 
nosso Senhor Jesus Cristo, 
que com Deus Pai e com o Espírito Santo 
vive e reina pelos séculos dos séculos. 
Amém.

Sua Santidade o papa João Paulo II México, janeiro de 1979.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

28-NOSSA SENHORA DA DIVINA PROVIDÊNCIA, (PADROEIRA DE PORTO RICO),19 DE NOVEMBRO

        Desde o século XII, Nossa Senhora da Divina Providência já era invocada na Itália. Só no século XVIII, porém, esse título foi reconhecido oficialmente pela Santa Sé e se espalhou pelo mundo se difundindo na Europa, chegando até a Espanha, onde foi construído um santuário, em Terragona. 
        A história desse quadro teve início quando, para ampliar a famosa Piazza Colonna, foi preciso demolir um antigo convento ali existente. Em uma das paredes estava encrustado o belíssimo afresco de autor desconhecido, representando a Virgem Maria.
        Apesar de todo cuidado que tiveram para removê-lo, não conseguiram evitar que o quadro caísse e se fizesse em pedaços. 
        O arquiteto, sentindo vivamente a perda do afresco, quis indenizar os religiosos, e a grande custo adquiriu um quadro da Virgem, obra-prima de Scipione Pulzone. A pintura, que tem 54 cm de altura por 42 de largura, foi colocada no altar do oratório situado no primeiro andar do convento de São Carlos, por ser o local em que os religiosos se reuniam para os exercícios de piedade. 

        Quase um século depois, um jovem sacerdote encontrou entre velhos documentos um manuscrito sobre a construção da igreja e do mosteiro, no qual o fundador dizia ter sido a Virgem Maria sua única provedora naquela obra. Como por inspiração divina, mandou fazer uma cópia do quadro doado pelo engenheiro e colocou-o no corredor entre o convento e a igreja, com a seguinte inscrição: "Mater Divinae Providentiae". O corredor, onde estava o quadro, foi transformado em capela, inaugurada em 1744.
        Surgiu então a Confraria de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência. O Superior Geral dos Barnabitas na época, Pe. Mário Maccabei, mandou transformar o local em uma capela, inaugurada em 28 de junho de 1742. O grupo de fiéis foi aumentando e se transformou em Confraria, aprovada pelo papa Bento XIV, em 25 de setembro de 1744. O Papa Gregório XVI a elevou à categoria de Arquiconfraria, no dia 16 de julho de 1839. Muitos papas, reis e príncipes se inscreveram na Arquiconfraria, mas quem mais se distinguiu pelo zelo e devoção foi o papa Pio IX, que frequentava a Igreja de São Carlos. Em novembro de 1888, por um decreto do Cabido Vaticano, a imagem foi solenemente coroada, incentivando, assim, sua veneração sob o título Mãe da Divina Providência. A atual Capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, na Igreja de São Carlos ai Catinari, foi inaugurada em 1848.
        Desde então cresceu e se expandiu por toda parte a devoção a Nossa Senhora da Divina Providência, que começou a ser divulgada no Brasil com a chegada dos padres barnabitas, em agosto de 1903. Também pelos padres barnabitas a devoção se espalhou-se nas Américas.
        Em sua iconografia original observa-se que somente a Virgem tem uma fina e luminosa auréola em torno da cabeça, sempre representada em pinturas e afrescos com um menino nos braços, é importante destacar que esse menino, diferentemente do que se pensa, não representa apenas o menino Jesus, mas também a humanidade sob a proteção de sua mãe, a Virgem Imaculada.
        Porto Rico, pequena ilha das Antilhas, elegeu-a sua Padroeira. Os portorriquenhos dividem sua devoção entre Nossa Senhora da Divina Providência e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi declarada patrona de Porto Rico em 1969, pelo papa Paulo VI.
        A devoção a Nossa Senhora da Divina Providência, foi trazida para América, quando Monsenhor Gil Esteve y Tomás foi nomeado bispo de Porto Rico. Ele era da congregação dos padres barnabitas, procedente da Catalunha, Espanha, e trouxe consigo para Porto Rico uma imagem de Nossa Senhora da Divina Providência que mandou fazer em Barcelona, e a ela ofereceu um altar na Catedral. 
        Nossa Senhora da Divina Providência, protetora dos padres barnabitas e das Irmãs Angélicas, ambos filhos espirituais de Santo Antônio Maria Zaccaria, possui 5 paróquias no Brasil. 

ORAÇÃO:
Ó Maria Virgem Imaculada, 
Senhora da Divina Providência, 
sustentai a minha alma 
com a plenitude da vossa graça, 
governai a minha vida 
e dirigi-me nos caminhos da virtude, 
até o cumprimento perfeito da Divina Vontade. 
Alcançai-me o perdão de minhas culpas; 
sede o meu refúgio, 
a minha proteção, 
defesa e guia na peregrinação deste mundo; 
consolai-me na minha aflição, 
sustentai-me no perigo, 
sede o meu seguro asilo 
nas tormentas da adversidade.
Ó dulcíssima Senhora da Providência, 
lançai um olhar materno sobre mim, 
porque sois a minha esperança. 
Fazei que eu possa saudar-vos no céu 
como Mãe da Glória. 
Amém. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

27- NOSSA SENHORA DO DESTERRO, 2 DE ABRIL

        Diz o evangelho de São Mateus que, após a partida dos Reis Magos, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a São José e disse: "-Levanta, toma o menino, a sua Mãe e foge para o Egito; permanece lá até que eu te avise, porque Herodes procura o menino para o matar" (Mateus: 2,13). José levantou-se, tomou de noite Jesus e sua Mãe e retirou-se para a terra dos faraós, ficando ali até a morte de Herodes. 
        A viagem foi longa e penosa, pois Belém dista do delta do Nilo cerca de duzentos e cinquenta quilômetros. Uma tradição local fixa Macaré, nas proximidades de Heliópolis, o local da permanência da Sagrada Família. Antigamente calculava-se em sete anos a duração deste exílio. Os autores modernos, porém, acreditam ter sido bem menor.
        Após a morte de Herodes, São José, avisado pelo anjo, voltou à terra de Israel. Entrando, receoso das trapaças de Arquelau, filho de Herodes, fixou-se em Nazaré, na Galiléia. 
        Muitas lendas se relacionam ao desterro da Virgem Santíssima no Egito, como a da tamareira, junto à qual Maria se sentara para repousar, que se inclinou para que as tâmaras ficassem ao alcance de suas mãos. Outra estória conta que a Sagrada Família foi atacada por salteadores, mas eles não lhe fizeram mal nenhum, em atenção ao pedido de um de seus companheiros, que seria mais tarde o Bom Ladrão, morto na cruz ao lado de Cristo e hoje venerado com o nome de São Dimas. 
        Nossa Senhora do Desterro é muito venerada na Itália como a "Madonna degli Emigrati", sendo padroeira daqueles que foram obrigados a deixar sua pátria para se refugiarem ou a fim de procurarem trabalho no estrangeiro. Ela tem sido a Mãe Amorosa para todos os que, saudosos de sua terra natal, imploram cheios de fé e amor o auxílio da Virgem do Desterro a fim de encontrarem compreensão e simpatia na pátria adotiva. 

ORAÇÃO:
Ó Bem-aventurada Virgem Maria,
Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo Salvador do mundo,
Rainha do céu e da terra, advogada dos pecadores,
auxiliadora dos cristãos, protetora dos pobres,
consoladora dos tristes, amparo dos órfãos e viúvas, 
alívio das almas penantes, socorro dos aflitos,
desterradora das indigências, das calamidades,
dos inimigos corporais e espirituais, da morte cruel,
dos tormentos eternos, de todo bicho e animal peçonhento,
dos maus pensamentos, dos sonhos pavorosos, 
das cenas terríveis e visões espantosas, do rigor do dia do juízo,
das pragas, dos incêndios, desastres, bruxarias e maldições,
dos malfeitores, ladrões, assaltantes e assassinos.
Minha amada Mãe, eu prostrado agora aos vossos pés, 
com piedosíssimas lágrimas, cheio de arrependimento
das minhas pesadas culpas,
por vosso intermédio imploro perdão
a Deus infinitamente bom.
Rogai ao vosso Divino Filho Jesus, por nossas famílias
para que Ele desterre de nossas vidas todos esses males,
nos dê perdão de nossos pecados e nos enriqueça
com Sua divina graça e misericórdia.
Cobri-nos com o vosso manto maternal,
ó divina estrela dos montes.
Desterrai de nós todos os males e maldições.
Afugentai de nós a peste e os desassossegos.
Possamos, por vosso intermédio, obter de Deus 
a cura de todas as doenças,
encontrar as portas do céu abertas
e convosco ser felizes por toda a eternidade.
Amém!

sábado, 4 de agosto de 2018

26-NOSSA SENHORA DE COPACABANA (PADROEIRA DA BOLÍVIA), 5 DE AGOSTO

        A devoção a Nossa Senhora de Copacabana não nasceu no Rio de Janeiro no Brasil, onde é muito popular a praia de Copacabana.
     Em 1530 desembarcaram no Peru os primeiros missionários católicos acompanhando as tropas espanholas que, sob as ordens de Francisco Pizarro, exploraram e conquistaram aquele vasto império.    
        Tradições muito antigas afirmam que Copacabana foi um dos primeiros povoados que receberam o benefício da pregação evangélica. Diz a tradição também que entre os convertidos de Copacabana havia alguns tão zelosos que tudo faziam para que seus compatriotas abraçassem a religião de Jesus Cristo, deixando para sempre o paganismo. 
        Próximo ao lago Titicaca, na fronteira da Bolívia com o Peru, no povoado de Copacabana, o nobre dom Francisco Tito Yupanqui, descendente da família imperial, o qual fez o voto de conseguir uma imagem da celestial Senhora, a fim de obter dela a conversão de seus irmãos, sobretudo daqueles que moravam em Copacabana, seu querido povoado, e os feitos por ele realizados dão motivo para crer que tal voto foi inspirado do céu. 
        Naquela época era moralmente impossível realizar tal projeto. Os peruanos sabiam lavrar os metais, especialmente o ouro; mas Yuoanqui não era escultor nem pintor, e aos pagãos faltava inspiração e graça para transladar para o pano ou para a madeira a imagem da Mãe de Deus. 
        Compreendendo o devoto peruano as dificuldades de seu projeto, não cessava de pedir à Virgem Maria que lhe inspirasse o modo de levá-lo a efeito.
        Um dia, pareceu-lhe ver seu quarto iluminado por uma luz vivíssima, e no meio dessa luz uma senhora de doce e grave aspecto, coberta com um largo manto, que caía em numerosas pregas até cobrir a orla do vestido. No braço esquerdo sustinha um Menino, cuja cabecinha se reclinava no seio da senhora, e na mão direita tinha uma vela. 
        Yupanqui não duvidou que a Senhora fosse a Virgem Imaculada e que lhe apareceu para indicar-lhe a maneira como queria ser representada; portanto, assim que se desvaneceu a visão e que voltou a si do assombro, resolveu esculpir ele próprio uma imagem à imitação da que tinha visto, confiando na Virgem Maria, que havia de guiar seu inexperiente braço.
        Para experimentar, fez uma de barro, mais saiu tão tosca e imperfeita que, embora a tenham recebido e colocado no altar por algum tempo, pouco depois a rejeitaram com desprezo. 
         Isto o fez decidir mudar a vizinha cidade de Potosí, a fim de engajar-se como aprendiz na oficina de algum escultor e assim poder realizar seu mais ardente desejo.
           Em 4 de junho de 1582 começou sua imagem, e, para conseguir esculpi-la como desejava, com jejuns e orações fervorosas pedia à Virgem Santíssima que o ajudasse. Porém, apesar de aplicar todos os recursos de sua inteligência para que saísse com as formosas feições da visão que tinha tido, o resultado foi uma imagem imperfeitíssima, que nem de longe se assemelhava ao original. mesmo assim, não tardou a divulgar-se em Potosí e seus arredores que o nobre Francisco T. Yupanqui tinha esculpido uma imagem da Virgem.
        Nesse mesmo ano, o frio intenso, impróprio do clima benigno de Copacabana, ameaçava arruinar as colheitas, vindo assim a faltar os gêneros de primeira necessidade. Por isso os cristãos mais fervorosos propuseram que se fizessem preces públicas para conjurar a desgraça, e no meio da geral consternação concebeu-se a ideia de fundar, na igreja paroquial, uma confraria em honra da Virgem da Candelária, cuja festa se aproximava. 
        A proposta foi aceita com entusiasmo por uns, mas combatida por outros, que opinavam já haver uma confraria em honra do mártir são Sebastião.
        Um cristão muito devoto de Nossa Senhora, Alfonso Viracocha, morador de Copacabana, o qual tinha apoiado com todo o seu prestígio a fundação da confraria de Nossa Senhora, tendo sabido que Yupanqui esculpira uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, foi a Potosí para falar com ele da projetada confraria, pedindo-lhe que cedesse a essa confraria a imagem. Tito Yupanqui cedeu-a de boa vontade, apesar de conhecer seus defeitos, esperando que a Mãe de Deus os corrigisse. Muito satisfeito por ter encontrado em Yupanqui um zeloso e cooperador de sua obra (a confraria), Alfonso resolveu solicitar a licença do senhor bispo para erigir canonicamente a confraria. 
        Tendo falado antes, porém, com um dos familiares do bispo, ele o desanimou, pelo que Alfonso foi, muito triste, visitar um sábio e prudente sacerdote. Este lhe infundiu esperança, redigindo-lhe um memorial em regra que Alfonso apresentou humildemente ao prelado, junto com a cópia da imagem de Yupanqui. 
        Olhando para a estampa, o bispo rejeitou-a, dizendo que, em vez de excitar a devoção dos fiéis, se tornaria objeto de zombaria e crítica, não dando portanto permissão para fundarem a confraria.
        O piedoso Yupanqui ficou consternado ao certificar-se de que a Virgem Maria não podia ser honrada por causa de sua pouca habilidade. Mas não desanimou e, confiante, resolveu fazer doce violência ao Coração de Maria com novos jejuns e orações, a fim de que aceitasse corrigir seu trabalho, e, não satisfeito com isso, regressou a Potosí, com a ideia de ir a La Paz para experimentar lá a reforma da imagem. Procurou compatriotas seus que se encontravam em Potosí, e eles o ajudaram a levar aos ombros, bem acondicionada, sua imagem. Porém, ao desembrulhá-la para tê-la pronta quando chegasse o doutorador com que ele tinha falado, pedindo-lhe que lhe fornecesse o ouro necessário para dourá-la e deixá-la perfeita, teve a grande tristeza de encontrá-la bastante estragada, sem que pudesse averiguar a causa. 
        Veio-lhe à mente, então, a tentação de abandonar uma empresa que tantos dissabores lhe ocasionava. No entanto, confiante em Deus e alentado pelo dourador, dedicou-se durante três meses a consertá-la e aperfeiçoá-la. 
        Essa ocupação era sua delícia, seus agradáveis recreios, parecendo que o Senhor lhe comunicava ideias celestiais, que sua rudeza lhe negava.
        Essa suposição não é infundada, pois, sem a assistência do alto, era impossível que de mãos tão inábeis, que haviam sofrido tantos desenganos, saísse uma imagem que reunia à mais peregrina beleza a majestade mais atraente; cujos olhos e feições, ao mesmo tempo que infundem respeito, comovem a alma, fazem palpitar o coração de quantos a contemplam, arrancam doces lágrimas dos fiéis e abrandam os endurecidos corações dos incrédulos e pecadores.
        Não se deve estranhar, pois, que, ao ver sua Candelária tão formosa, Yupanqui ficasse extasiado a contemplá-la, beijando-a respeitosamente, cheio de gratidão e amor.
        Para dar expansão à sua felicidade, Yupanqui quis mostrá-la a um religioso franciscano, o qual, encantado com a imagem, pediu-lhe que a levasse para sua cela, para que a concluísse lá, dourando-a com todo o esmero; mas seu intento principal era consolar sua alma com a imagem de Maria, da qual não apartava os olhos, parecendo-lhe dia a dia mais formosa.
        Assegura-se que várias vezes a viu rodeada de esplendor.
        Afinal a imagem ficou pronta, afirmando a tradição ou piedosa lenda que dois anjos a retocaram, dando singular beleza sobretudo aos rostos da Virgem e do Menino.
        O certo é que os peritos informaram que não só estava concluída e perfeita, mas também que era mais digna de veneração do que outras da Santíssima Virgem.
        Com tal declaração Yupanqui ficou mais contente do que se lhe houvessem devolvido o trono de seus avós, e não se cansava de dar graças a Deus, que recompensava com generosidade as afrontas e os desprezos que tanto o tinham magoado.
        Em 2 de fevereiro de 1583, a Virgem da Candelária (de Yupanqui) fez sua entrada solene, no meio do regozijo público, no povoado de Copacabana, e foi colocada em modesta capela, que com o correr dos anos devia transformar-se em um dos santuários mais célebres da cristandade à margem do lago Titicaca, onde é venerada ainda hoje sob o título de Nossa Senhora de Copacabana. Foram muitos os milagres realizados por intercessão da Virgem que até os dias de hoje é venerada como Nossa Senhora de Copacabana.
O atual santuário foi construído em 1805 tendo a imagem sido coroada durante o pontificado do Papa Pio XI.

ORAÇÃO:
Lembrai-vos, ó Nossa Senhora de Copacabana,
que nunca se ouviu dizer que alguém,
tendo recorrido à vossa proteção e pedido o vosso auxílio,
fosse por vós desamparado.
Confiando em tão poderosa intercessão,
a vós ó Virgem das Virgens, finalmente me dirijo,
de vós me aproximo, e aos vossos pés me prostro,
gemendo sob o peso dos meus pecados.
Não desprezeis as minhas súplicas,
ó Mãe de Deus e nossa Mãe,
mas dignai-vos ouvi-las propícia
e de me alcançar o que vos rogo.
Amém!

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

25- NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA, 15 DE AGOSTO

        Segundo a tradição, a imagem de Nossa Senhora da Candelária foi encontrada sobre uma rocha, numa gruta em Chimisay, ilha de Tenerife, no século 14, antes da chegada dos espanhóis, por dois pastores que guardavam seus animais perto de uma caverna. Observaram, certo dia que o gado recusava entrar nela apesar de todos os seus esforços. Entraram então os dois pastores na caverna e depararam com uma imagem de Nossa Senhora (a quem ainda não conheciam). Reconhecendo haver ali algo de incompreensível para eles, foram logo dar a notícia a outras pessoas do lugar.
        Acudindo o povo à gruta na companhia do próprio rei, viram todos, entre outras maravilhas, numerosas candeias (velas) sustentadas por seres invisíveis, os quais, com seus cânticos, ensinavam ao povo a maneira de louvar e render culto a Deus e à Virgem Maria. 
        Embora todas essas coisas fossem cheias de mistérios para aqueles pagãos, Nossa Senhora preparava interiormente seus corações; com tais meios, apesar de viverem nas trevas da ignorância religiosa, começaram a honrar aquela que amavam sem conhecer, até que um cristão espanhol casualmente aí desembarcou no fim do século XV e explicou-lhes o mistério.
Pouco tempo depois foram as ilhas conquistadas pelos espanhóis, e, quando chegaram os padres da  Companhia de Jesus, não tiveram trabalho para converter aquele povo tão devoto de Maria.
        Por causa das candeias que os anjos sustinham ao redor da imagem, deram à Virgem Santíssima o título de "Candelária". 
        A imagem de Nossa Senhora da Candelária tornou-se célebre por causa de seus milagres. 
     Um santuário foi erguido em 1672, na Ilha, em honra de Nossa Senhora da Candelária.
A imagem original foi perdida no ano de 1826, depois de uma inundação no santuário. Mas logo o povo construiu outra igreja e uma nova imagem foi esculpida, igual à original, que tem o Menino no braço direito e uma candeia na mão esquerda. Em 1867, a pedido do bispo das Canárias, Lluch y Garrida, o papa Pio IX declarou Nossa  Senhora da Candelária como padroeira de todo o arquipélago, mas a coroação da Virgem, aconteceu somente no ano de 1889.
       No século XIX foram iniciadas as obras do atual santuário, que só terminaram por volta de 1930.
     No estado de São Paulo, região da Sé, no páteo do Colégio encontra-se a igreja de São José de Anchieta. No oratório, dentro da igreja estão duas relíquias significativas de São José de Anchieta: parte de um fêmur do jesuíta, e o manto largamente utilizado em suas incessantes jornadas catequéticas. Ainda no oratório, encontra-se uma cópia da certidão de batismo de Anchieta e uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, padroeira das Ilhas Canárias, local de nascimento do Santo.

ORAÇÃO:
Ó doce Virgem Maria,
verdadeira guardiã da luz do mundo,
vós que iluminais nosso destino
com a graça de vossa onipotência suplicante,
que sois a candeia de amor
cujo fogo brota do Coração Divino de Jesus.
Ó Nossa Senhora da Candelária, atendei a nossa súplica
concedendo-nos o favor da vossa maternal ajuda,
pela fortaleza da nossa fé e o bálsamo da confiança,
a fim de que possamos um dia gozar convosco
as alegrias do céu. Assim seja.
Amém!