Não podemos deixar de mencionar que o papa Francisco, é um dos filhos da Virgem de Luján, padroeira da Argentina, seu país de origem!
A origem do título Nossa Senhora de Luján é contada de pai para filho.
Um cavalheiro português muito piedoso e devoto de Maria Santíssima, Antonio Farias de Sá, habitante de Sumampa, hoje Santiago deI Estero, resolveu construir em sua estância, próxima à cidade de Córdoba del Tucuman, uma ermida dedicada à Imaculada Conceição, encomendando-lhe uma efígie da Virgem Imaculada para sua capela em Sumampa.
Escreveu então a um amigo, também português, residente em São Paulo, no Brasil, encomendando-lhe uma imagem da Imaculada Conceição, para sua capela de Sumampa.
O amigo enviou-lhe, duas ricas esculturas em caixotes separados, sendo uma delas a da Senhora da Conceição e a outra, uma estátua da Mãe de Deus com o menino nos braços.
Após tranquila travessia marítima, as duas imagens chegaram ao porto de Buenos Aires e forma colocadas num carro de bois, que seguia com outros carros, levando mercadorias para o interior.
Três dias depois, a caravana acampou a uns 5km da vila de Lujan, num rancho pertencente a outro português, D. Rozendo Oramas, proprietário de terras na região. Ali pernoitaram. Na manhã seguinte, trataram de ajuntar os bois e seguir viagem. Sucedeu então um fato extraordinário que encheu de assombro as pessoas presentes. Todas as viaturas andaram facilmente, exceto a que levava as estátuas. Por mais esforço que fizessem, o carro continuava imóvel, como se estivesse chumbado à terra por força invisível.
Ao lado pode-se observar a imagem da Virgem de Luján sem o manto que a envolve.
O carreteiro, indagado sobre o que transportava, respondeu que nada de extraordinário, exceto dos caixotes com estatuetas de Nossa Senhora para um amigo. O acontecimento repercutiu logo nos arredores e inúmeros curiosos acorreram ao local. Os espectadores, admirados, aconselharam que se tirasse toda a carga. Imediatamente, sem nenhuma dificuldade, os bois puxaram a viatura. Foi então que um dos presentes, como por inspiração divina, sugeriu ao condutor que tirasse um dos caixotes. O carro porém ficou do mesmo jeito. "Troquem os caixotes e veremos o que acontece", falou o mesmo assistente. Na mesma hora os bois se puseram a andar por si mesmos, sem nenhum estímulo.
Vendo no ocorrido o dedo de Deus, que tão claramente se manifestava, entenderam que a Virgem Maria desejava um santuário naquele lugar.
Abriram o caixote para ver a milagrosa imagem e deram-lhe o título de Nossa Senhora de Lujan, porque foi a margem do rio Luján que aconteceu o prodígio.
Abriram o caixote para ver a milagrosa imagem e deram-lhe o título de Nossa Senhora de Lujan, porque foi a margem do rio Luján que aconteceu o prodígio.
Esse local ficou conhecido como a "detenção da carreta" ou o "milagre de Luján".
Felizes por terem sido testemunhas daquele fato miraculoso, os viajantes e os assistentes levaram com muito respeito e devoção a efígie da Imaculada Conceição para a fazenda de D. Rozendo de Oramas, colocando-a em seu oratório. Foi construída mais tarde uma capela, onde a Virgem começou a receber o culto dos fiéis.
Não comportava mais, portanto, a primitiva capela, o número sempre crescente dos que vinham de perto e de longe implorar o socorro de Nossa Senhora de Luján, de modo que em 1874 foi projetado o atual santuário, em estilo gótico, com duas torres de 106 metros de altura.
O esplêndido santuário, cuja beleza arquitetônica é uma das glórias da República Argentina, recebe anualmente milhares de romeiros, provenientes de todas as partes da América. No entanto, sua imagem milagrosa, venerada por milhares de fiéis argentinos, é genuinamente brasileira.
A outra imagem da Virgem com o Menino foi levada para Sumampa e atualmente é venerada sob o título de Nossa Senhora da Consolação.
O Padre Salvaire, em 1886, apresentou ao papa Leão XIII, o pedido dos bispos e dos fiéis argentinos para a coroação da Virgem, o pontífice abençoou a coroação e institui missa e dia para as festividades da Virgem, foi instituído, no sábado e a Coroação foi realizada em 08 Maio de 1887 e em 1930 Nossa Senhora de Luján foi declarada padroeira da Argentina.
A imagem de Nossa Senhora de Luján é uma pequena escultura de cerca de 45 cm de altura. Representa Nossa Senhora da Conceição com a lua debaixo dos pés e todo o corpo coberto por um manto bordado, deixando aparecer somente as mãos e o rosto da Senhora. Sobre ele pende um enorme colar, terminando com uma cruz e na cabeça ela usa uma coroa imperial. Geralmente sua vestimenta é de cetim branco bordado a ouro.
Sua festa principal é celebrada no dia 8 de maio.
ORAÇÃO:
Ó Virgem Santíssima de Lujan!
A ti recorremos
neste vale de lágrimas,
atraídos pela fé e pelo amor
que tu mesma infundistes
em nosso coração.
Ó Mãe querida!
Alivia a nossa dor,
consola as nossas angústias,
dá-nos o pão material
e o alimento espiritual
para fortalecer o nosso corpo
e a nossa alma.
Faze com que não nos falte
um emprego estável
e uma justa remuneração.
Elimina o ódio e o egoísmo
do coração de todos os homens.
Virgem Santíssima de Lujan!
Ilumina o nosso caminho
para que, unidos na paz e fraternidade,
com todos os irmãos da terra,
continuemos a marcha gloriosa
para a casa do Pai.
Abençoa, ó Mãe, a Argentina,
cujos filhos cantam os teus louvores,
agora e pelos séculos dos séculos.
Amém.
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