sábado, 16 de maio de 2020

57-NOSSA SENHORA DE LOURDES, 11 DE FEVEREIRO


        Este título provém do nome de uma cidade ao sul da França, onde se passou a história da menina Bernadete Soubirous com a Virgem Santíssima. 
        Quatro anos após o papa Pio IX definir o dogma da Imaculada Conceição, Nossa Senhora apareceu em Lourdes, França, como que confirmando o que a igreja definiu na terra em comunhão com os desígnios de Deus. Sobre isso, a igreja já definiu quatro dogmas de Nossa Senhora, que todos devem crer, tendo como pena a excomunhão com a Fé católica em caso de dúvida ou negação do que foi definido. 
        Os dogmas são: Maternidade Divina, ou seja Maria é verdadeiramente Mãe de Deus; o dogma da Virgindade Perpétua, que define que a Virgem Maria permaneceu Virgem antes, durante e depois do parto; o dogma da Assunção de Maria ao céu em corpo e Alma e o dogma da Imaculada Conceição, que define que a Virgem Maria foi concedida sem nenhuma mácula acerca do pecado original, por desígnio e vontade de Deus. É um consenso também que a Virgem Maria é a Onipotência Suplicante, Corredentora e Medianeira da Graças, embora não existe ainda proclamação dogmática, pelo menos até o momento, aos quais certamente serão proclamados no decorrer da história, para honra e Glória de Deus. 
        Quem já foi a Lourdes, pequena cidade-santuário localizada no sul da França, pode presenciar o impressionante espetáculo de centenas de doentes, colocados em macas eplo sofrimento, percebe-se um lampejo de fé e esperança no poder ilimitado da Virgem Maria. São incontáveis os que receberam a graça da saúde física e maior ainda o número dos que receberam a repercussão moral na gruta abençoada. Até hoje já foram catalogadas oficialmente mais de dez mil curas. Inúmeros outros milagres tem ocorrido longe de Lourdes, quer com água milagrosa transportada para todos os países do globo terrestre, quer diante das reproduções da gruta existentes em várias cidades, colégios e até mesmo em casas particulares. 
        Lourdes está localizada no alto dos Pirineus, quase fronteira com a Espanha. Cidade pobre, sua população mantinha-se apenas do trabalho agrícola e da exploração de pedreiras. Foi neste cenário que, em 1858, ocorreu a aparição de Nossa Senhora. 
        A primeira aparição de Nossa Senhora a Bernadete foi em 11 de fevereiro de 1858. Bernadete Soubirous, piedosa menina de 14 anos, filha de um pobre moleiro da cidadezinha de Lourdes (nos Altos Pirineus), tinha ido lenhar, nesse dia, nas margens do Gave, com sua irmã e outra menina. estava ela na frente das rochas Massabielle, ao meio-dia, quando, ouvindo de repente como que o barulho de uma rajada de vento impetuoso, ergue a cabeça e olha. 
        Oh, surpresa! Numa espécie de gruta formada por um rochedo, contempla, maravilhada, uma senhora de indizível beleza! Cercada de uma luz deslumbrante, a aparição, de pé, segura um terço, cujas contas lhe vão passando entre os dedos. Traja um vestido ou túnica e um véu branco como a neve, na cintura tem uma faixa azul, os pés estão ornados de uma rosa de ouro, e seu semblante respira grande bondade. 
        Bernadete, extasiada, cai de joelhos, tira do bolso o seu terço e começa a rezá-lo; quando acaba a última ave-Maria, a visão desaparece. Nesta primeira aparição ninguém foi testemunha do êxtase de Bernadete, porque as outras duas meninas já tinham passado para a outra margem, retardando-se Bernadete, por receio de molhar os pés, já que era muito fraquinha e asmática. 
        Na segunda aparição, 14 de fevereiro, a menina , aconselhada por uma das companheiras que com ela foram ao lugar da aparição, levou um vidro com água benta e aspergiu a Santíssima Virgem, que sorriu afavelmente a seu gesto. Dissera-lhe a amiga que a aparição podia ser algum artifício do demônio, e Bernadete, por ser muito humilde, atendeu à sua insinuação, apesar de estar convencida de que uma senhora tão linda, e que, por assim dizer, a transportara ao céu, não podia ser artimanha do inimigo infernal. 
        A aparição repetiu-se mais dezesseis vezes, do mesmo modo, variando apenas as palavras da Santíssima Virgem. 
        Foram dezoito, portanto, as aparições, e da terceira em diante cada vez maior o número dos que iam contemplar o êxtase da feliz vidente, que era como que transfigurada, parecendo um anjo do céu baixado à Terra!
        A Mãe de Deus lhe confiou vários segredos e um dia escolheu-a como sua mensageira: "Vai dizer aos sacerdotes que desejo que me edifiquem aqui uma capela e façam procissões". 
        Outra vez convidou-a a rogar pelos pecadores e repetiu por três vezes: "Penitência! Penitência!"
        Em outra aparição disse à menina: "Vai beber água e lavar-te na fonte". Bernadete dirigiu-se imediatamente para o Gave, que corria a poucos passos dali.
        "Não no Gave", disse a visão, "mas na fonte que está aqui", e o gesto da Virgem indicava um lugar da gruta completamente seco no qual nunca existira uma fonte.
Bernadete, curvando-se, começou a arranhar com os dedos o chão duro, e de repente começou a jorrar água do rochedo.
        Enfim, no dia da festa da Anunciação, Bernadete pediu à aparição que tivesse a bondade de dizer-lhe quem era, e a Virgem, unindo as mãos, lançou para o Céu um olhar de ilimitada gratidão e disse: "Eu sou a Imaculada Conceição".
        E desapareceu.
        Os acontecimentos extraordinários que se passaram na gruta de Massabielle e as curas milagrosas obtidas com o emprego da água da fonte nascida debaixo dos dedos de Bernadete em êxtase eram o assunto de todas as conversas em Lourdes e nos arredores.
        A polícia interveio, o governo quis reagir, muitos tacharam de sonho as afirmações simples e convictas da humilde vidente; a polícia pretendeu até impedir os romeiros de se aproximar da gruta para rezar; mas tudo foi em vão: as autoridades tiveram de ceder perante o direito. 
        Em 18 de janeiro de 1862, uma carta pastoral de dom Laurence, bispo de Tarbes, reconheceu como sobrenaturais as aparições de Maria a Bernadete e autorizou o culto de Nossa Senhora de Lourdes.

        Próximo à gruta onde ocorreram as aparições de Nossa Senhora, foram construídas três Basílicas, em três planos: Basílica de Nossa Senhora do Rosário, Basílica da Cripta e, na parte superior, a Basílica da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Anualmente, essas igrejas são visitadas por mais de um milhão de fiéis. Da Páscoa até outubro, nos arredores da gruta, são realizadas, diariamente, a procissão da Eucaristia e a procissão das velas. Hoje, mais de 160 anos depois, o Santuário de Lourdes é um dos mais visitados em todo o mundo e recebe cerca de cinco milhões de visitantes por ano vindos de todas as partes do planeta.

PRIMEIRA APARIÇÃO: 
O PRIMEIRO ENCONTRO COM A SANTÍSSIMA VIRGEM COM BERNADETE

11 DE FEVEREIRO DE 1858

        Acompanhada por sua irmã e uma amiga, Bernadette foi à gruta de Massabielle, nas margens do rio Gave, para recolher madeira morta para aquecer sua casa. 
        Enquanto tirava as meias para atravessar o rio, ela ouviu um barulho como o de uma rajada de vento e olhou para a gruta.
        “Vi uma senhora vestida de branco, vestia um vestido branco e véus igualmente brancos, uma faixa azul e tinha uma rosa amarela em cada pé”, ela contou.
        Bernadette fez o sinal da cruz e rezou o Rosário com a jovem senhora, que desapareceu quando a oração terminou.




                             SEGUNDA APARIÇÃO: 
                                   A ÁGUA BENTA

                         14 DE FEVEREIRO DE 1858

        Apesar de ter sido proibida de voltar à gruta pelos pais, Bernadette sentiu uma força interior atraindo-a para lá. 
        Por insistência dela, sua mãe acabou permitindo que ela fosse.
        Chegando, começou a recitar o Rosário e depois da primeira dezena, viu a mesma senhora aparecer.
        Com medo de que fosse uma aparição ligada ao Mal, ela jogou água benta nela, mas a senhora só sorriu e inclinou a cabeça.
        Depois de rezar o Rosário, a senhora desapareceu.



                               TERCEIRA APARIÇÃO: 

                                  A SENHORA FALA

                          18 DE FEVEREIRO DE 1858

        Este foi o dia no qual a senhora falou pela primeira vez.

        Bernadete ofereceu uma caneta e um papel, pedindo que ela escrevesse seu nome, mas ela respondeu; “Não é necessário”.

        Em seguida, acrescentou: “Não prometo fazer você feliz neste mundo, mas no outro”.

        E perguntou: “Você faria a gentileza de vir aqui por quinze dias?”.



                                QUARTA APARIÇÃO: 
                                  
                                  A PRIMEIRA VELA

                            19 DE FEVEREIRO DE 1858


        Atendendo ao pedido feito pela senhora, Bernadete voltou à gruta.

        Nesse dia, inspirada pelo exemplo daquelas que a tinham acompanhado na véspera, pela primeira vez ela levou uma vela acesa. E continuou a fazer isso nos dias seguintes.

        Isso deu origem à tradição de levar velas e acendê-las em frente à gruta, seguida até hoje pelos peregrinos em Lourdes.



                                    QUINTA APARIÇÃO: A SENHORA FICA EM SILÊNCIO

20 DE FEVEREIRO DE 1858

        Nesse dia, a senhora ensinou a Bernadete uma oração pessoal. No final da visão, Bernadete sentiu uma grande tristeza.


                                    SEXTA APARIÇÃO: 

                                           "AQUÉRO"

                          21 DE FEVEREIRO DE 1858

        Nesse domingo, a senhora apareceu para Bernadete muito cedo pela manhã.

        A notícia a respeito das aparições já tinha se espalhado e cerca de cem outras pessoas estavam presentes.

        Voltando à cidade, Bernadete foi interrogada pelo comissário de polícia Jacomet, que queria que ela lhe contasse o que ela tinha visto.

“Aquéro” (aquela coisa, no dialeto local), foi a resposta.


                                               SÉTIMA APARIÇÃO: O SEGREDO

                                                    23 DE FEVEREIRO DE 1858

Cercada por 150 pessoas, Bernadete chegou à Gruta. Desta vez, a senhora lhe revelou um segredo, que era “apenas para ela sozinha”.


                            OITAVA APARIÇÃO: 

                                "PENITÊNCIA"

                      24 DE FEVEREIRO DE 1858


         Neste dia, a mensagem da senhora foi:

        “Penitência! Penitência! Penitência! 
        Orem a Deus pelos pecadores”.

        Depois, ela pediu a Bernadette:

        “Beije o chão como um ato de penitência pelos pecadores! ”





                                    NONA APARIÇÃO: 

                                          A FONTE

                           25 DE FEVEREIRO DE 1858

        Nesse dia, segundo Bernadette: “Ela me disse para ir beber na fonte (…). Só encontrei um pouco de água barrenta. Na quarta tentativa, eu fui capaz de beber”.

        “Ela também me fez comer as ervas amargas que foram encontradas perto da fonte e então a visão se foi e desapareceu”, continuou.

        Cerca de trezentas pessoas estavam presentes na Gruta nesse dia. Vendo o que Bernadete fazia, os presentes se perguntavam:“ Você acha que ela está louca fazendo coisas assim?”

        “É para os pecadores“, respondeu Bernadete.


                                              DÉCIMA APARIÇÃO: SILÊNCIO

                                                  27 DE FEVEREIRO DE 1858

        Cerca de oitocentas pessoas seguiram Bernadete até a gruta nesse dia. Ela bebeu água da fonte e executou seus atos de penitência habituais, mas a senhora ficou em silêncio.


                   DÉCIMA PRIMEIRA APARIÇÃO: 

                                        O ÊXTASE

              DOMINGO, 28 DE FEVEREIRO DE 1858

        Nesse dia, mais de mil pessoas seguiram Bernadete até a gruta e acompanharam o seu êxtase.

        Ela se ajoelhou, rezou, e beijou o chão como sinal de penitência.

        Ao voltar para a cidade, ela foi levada para a casa do juiz Ribes, que ameaçou colocá-la na prisão.




                       DÉCIMA SEGUNDA APARIÇÃO: 

                     A PRIMEIRA CURA MILAGROSA

                              1 DE MARÇO DE 1858

        Nesse dia mais de mil e quinhentas pessoas se reuniram em frente à gruta e, pela primeira vez, entre elas havia um padre.
        Durante essa noite, Catherine Latapie, uma mulher que morava em Loubajac, vilarejo a 7 quilômetros de distância de Lourdes, foi à gruta e mergulhou na água da fonte a mão e o braço, que tinham ficado paralizados depois de uma queda de uma árvore.
        Instantaneamente, essas partes do corpo recuperaram o movimento.
        Essa é considerada a primeira cura milagrosa de Lourdes.


                          DÉCIMA TERCEIRA APARIÇÃO: 

                               MENSAGEM AOS PADRES 

                                   2 DE MARÇO DE 1858

        A multidão que seguia Bernadete até a frente da gruta se tornava maior a cada dia.
        A senhora diz a ela: “Vá e diga aos padres que as pessoas devem vir em procissão e construir uma capela aqui.”
        Bernadete falou disso para o pároco de Lourdes, padre Peyramale, mas ele só queria saber uma coisa: qual era o nome da senhora.
        Ainda por cima, ele exigiu outro teste: que a senhora fizesse florescer a roseira silvestre que existia na gruta, mesmo ainda sendo inverno.


                           DÉCIMA QUARTA APARIÇÃO: 

                                        UM SORRISO 

                                  3 DE MARÇO DE 1858

        Bernadete chegou à gruta às sete horas da manhã, acompanhada por três mil pessoas, mas a visão não apareceu!
        Depois da escola, ela ouviu o convite interior da senhora, foi à gruta e pediu novamente que ela lhe dissesse qual era o seu nome.
        A resposta da senhora foi só um sorriso.
        De volta à cidade, ela contou isso ao pároco, que voltou a insitir: “Se a senhora realmente deseja que uma capela seja construída, ela deve nos dizer o seu nome e fazer a roseira da gruta florescer.”


                         DÉCIMA QUINTA APARIÇÃO: 

             O DIA QUE TODOS ESTAVAM ESPERANDO!

                               4 DE MARÇO DE 1858

        Uma multidão cada vez maior, com cerca de oito mil pessoas, esperava um milagre no final da quinzena.

        A senhora, no entanto, estava silenciosa.

        Sem obter uma resposta para as suas perguntas, o padre Peyramale manteve a sua posição.

        Nos vinte dias seguintes, Bernadete não voltou à gruta nem voltou a sentir a vontade irresistível para voltar lá.


                      DÉCIMA SEXTA APARIÇÃO: 

                 O NOME QUE TODOS ESPERAVAM!

                             25 DE MARÇO DE 1858

        Nesse dia, a senhora finalmente revelou seu nome, mas a roseira selvagem, na qual ela estava durante as aparições, não floresceu.
        Segundo Bernadete, ela estendeu os braços em direção ao chão, depois se juntou a eles como se estivesse em oração e disse:
        “Que soy era Immaculada Concepciou” (Eu sou a Imaculada Conceição).
        A jovem visionária saiu correndo por todo o caminho e foi repetindo continuamente as palavras que ela não tinha entendido, a fim de não esquece-las.
        Quando as repetiu para o bravo pároco, essas palavras o incomodaram.
        Convencido, nessa mesma noite o pároco escreveu para o seu bispo dizendo acreditar que a Senhora que aparecia para Bernadete era a Virgem Maria.

                            DÉCIMA SÉTIMA APARIÇÃO:

                                  O MILAGRE DA VELA

                                   7 DE ABRIL DE 1858

        Durante essa aparição, Bernadete segurou na mão pelo tempo todo uma vela acesa. A chama lambeu sua mão, mas sem queimá-la.
        Entre as muitas pessoas que acompanharam Bernadete até a gruta nesse dia havia um médico, o doutor Douzous.
        Ele a examinou e testemunhou imediatamente que, apesar do tempo em que a chama da vela havia ficado em contato com a mão de Bernadete, ela não havia sido queimada.
        Esse fato passou a ser conhecido como “o milagre da vela”.



                       DÉCIMA OITAVA APARIÇÃO: 

         A VIRGEM MAIS BONITA DO QUE NUNCA

                           16 DE JULHO DE 1858

        Mais uma vez, Bernadete sentiu o misterioso chamado para ir até a gruta, mas as autoridades haviam instalado uma barreira e seu caminho foi bloqueado.
        Assim, dessa vez ela teve de se contentar em ir pelo outro lado do rio e ficar na margem, em frente à gruta.
        Mesmo assim, ela contou:
      “Senti que estava na frente da Gruta, na mesma distância de antes. 
        Ví apenas a Virgem e Ela estava mais bonita do que nunca!”



ORAÇÃO:
Virgem Santíssima, 
não esqueçais, 
entre as alegrias da vossa bem-aventurança, 
as tristezas que vão pela terra. 
Lançai um olhar de misericórdia 
sobre as almas que estão em dor; 
lembrai-vos dos que lutam 
contra a adversidade 
e enxugai, bondosamente, 
os lábios umedecidos 
com as amarguras da vida. 
Tende piedade daqueles que se amavam 
e que tiveram de separar-se. 
Tende piedade dos corações 
que vivem em sombras de solidão.
Tende piedade de nós, 
que temos tão pouca fé. 
Tende piedade daqueles que nos são caros. 
Tende piedade, enfim, 
das lágrimas dos que sofrem, 
das súplicas dos que pedem, 
das angústias dos que temem. 
Dai a todos a esperança e a paz. 
Nossa Senhora de Lourdes 
rogai por nós.
Amém!

UM FILME QUE CONTA A HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE LOURDES:

"BERNADETE"