sábado, 23 de abril de 2022

65-NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, 14 DE SETEMBRO

 

    Em meados do século XI, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, conseguiu expulsar os mouros de seu território, auxiliado por um grupo de valentes cavaleiros, entre os quais se destacava D. Fuas Roupinho, grande amigo de aventurosas caçadas.

    Certa vez, galopava o jovem fidalgo em perseguição a uma corça numa região de altos penhascos que se debruçavam sobre o Atlântico, quando o animal, no desespero da fuga, atirou-se ao mar. O local estava coberto por espessa neblina e o caçador somente percebeu o perigo, quando viu o precipício sob as patas do cavalo. Instintivamente, lembrando-se de uma pequenina capela da Virgem Maria, que avistara em sua desabalada corrida atrás da corça, Implorou o socorro da Mãe de Deus. No mesmo instante o cavalo estacou subitamente sobre o abismo e com tanta força, que as ferraduras de suas patas traseiras ficaram marcadas no rochedo. 

    Refeito o susto, D. Fuas Roupinho dirigiu-se ao oratório a fim de agradecer a Nossa Senhora por lhe ter salvo a vida. Ajoelhou-se aos pés da imagem e, tomando-a às mãos, encontrou preso a ela um pergaminho. Com grande pasmo leu a história da efigie da Virgem Maria, que já era venerada em Nazaré nos primeiros tempos do cristianismo, e que consta, segundo antiga tradição, ter sido esculpida por São José na presença da Mãe de Deus e posteriormente encarnada por São Lucas.

    Dizia o documento que quando os imperadores do Oriente, sucessores de Constantino, começaram a perseguir o culto das imagens, um monge grego do convento de Nazaré conseguiu tirar da capela uma estátua da Mãe Santíssima, fugindo com ela para a África. De lá a imagem foi levada à Espanha, onde permaneceu durante muito tempo num mosteiro próximo à cidade de Mérida, recebendo a veneração dos fiéis, devido a seus inúmeros milagres. 

    Quando os mouros invadiram a Espanha, o último rei godo D. Rodrigo, após terrível derrota em Guadalete, foi obrigado a fugir e escondeu-se naquele convento. Ao retirar-se rumo ao oeste da Península Ibérica em companhia do frade Romano, levou consigo a referida imagem e algumas relíquias de santos, com medo de que elas fossem desrespeitadas pelos infiéis. Ao chegarem no alto de um escarpado rochedo, junto ao oceano, encontraram uma pequena gruta e ali improvisaram um altar e colocaram a efígie da Virgem Santíssima e as relíquias, mas tiveram o cuidado de deixar junto um pergaminho contando a história da milagrosa imagem.

    Lendo este relato, D. Fuas Roupinho mandou erguer naquele local um santuário que perpetuasse o culto de sua protetora, a qual foi denominada Nossa Senhora de Nazaré, porque era proveniente daquela cidade da Palestina. Mais tarde, por ordem do príncipe D. Fernando, filho de D. João II, foi construída ali uma bela igreja, ricamente ornamentada pela família real. Na baixada próxima ao templo, junto à praia, formou-se a cidade de Nazaré, aglomerado de pescadores e uma das povoações mais tradicionais e características da terra portuguesa.

    A basílica da Senhora de Nazaré, situada no alto do penedo, é visível do mar a grande distância, por isso ela se tornou Padroeira dos Navegantes. Foram eles que propagaram o seu culto, batizando com o seu nome diversas naus que cruzaram o Atlântico e transportando-o para o Brasil, onde se localizou principalmente na Amazônia, no Estado do Rio e em Minas Gerais. 

    Segundo a tradição, certo dia, em meados do ano 1700, um caçador de cor parda chamado Plácido, quando procurava água num igarapé, descobriu uma pequena imagem de Nossa Senhora, coberta de viçosa trepadeira, como se estivesse em um nicho natural. Piedoso e crente, o caçador levou a imagem para a sua pobre choupana erguida à beira da estrada. 

    Ao ter notícia do achado, a vizinhança acorreu para admirar e venerar a imagem da Mãe de Deus, que foi identificada como sendo réplica de Nossa Senhora de Nazaré venerada em Portugal, pois representava a Virgem Maria, sentada numa cadeira com o Menino Jesus ao colo.

    A efigie encontrada por Plácido no meio da selva amazônica desapareceu de sua cabana alguns dias depois, indo localizar-se novamente no nicho natural onde havia sido descoberta. Chegando esse fato ao conhecimento das autoridades, a imagem foi recolhida à sede do governo, em Belém, de onde desapareceu, apesar da vigilância dos soldados. Compreendendo que a Santíssima Virgem desejava ser venerada naquele local, o governador mandou construir um abrigo de palha em torno do nicho de pedras, a fim de protegê-la contra as interpéries. Aos poucos as notícias das graças alcançadas pelos devotos que recorriam à Senhora de Nazaré passou ao conhecimento público.

    Tendo falecido Plácido, coube a Antônio Agostinho a missão de propagar o culto popular à milagrosa imagem, e ele apesar das dificuldades financeiras de uma província onde não havia moeda circulante, conseguiu construir uma ermida. Esta primitiva igreja, edificada de taipa e coberta de palha de ubim e ubuçu, foi posteriormente demolida e em seu lugar ergueu-se hoje uma catedral em estilo neo-romântico, de sabor tipicamente italiano, cuja construção se iniciou em 1909, no tempo áureo da borracha, e a província do Grão-Pará foi dedicada a Nossa Senhora de Nazaré. 

    No segundo domingo de outubro a capital paraense se movimenta para festejar a sua Padroeira. Nesse dia realiza-se o famoso CÍRIO, a maior procissão do norte brasileiro, acompanhada de incalculável assistência de devotos provenientes dos Estados mais próximos e do interior do Pará. Essa cerimônia é famosa em todo o território nacional pela exibição de danças, pagamentos de promessas à velha moda portuguesa, mortalhas e penitências originais. O CÍRIO DE NAZARÉ foi instituído pelo governador D. Francisco de Souza Coutinho em 1790, com grande acompanhamento de povo e excepcional aparato de cavalarias, clarins, continências e filas de viaturas da sociedade paraense de então. A festa se ampliou com o carro dos milagres, luxuosa berlinda que expunha a imagem da Virgem aos fiéis e era toda ornamentada de numerosos ex-votos, enquanto um grande círio (vela) aceso acompanhava a procissão. 

    Apesar de a cidade de Belém ser o principal centro brasileiro do culto de Nossa Senhora de Nazaré, o primeiro templo da Virgem originaria da Palestina, no Brasil, parece ter sido de Saquarema, no Estado do Rio. Contam as crônicas que a 8 de setembro de 1630 a noite fora tempestuosa. O oceano rugia, o temporal derrubava arvores e, como por milagre, as pequenas casas de pau-a-pique escapavam do furor da natureza. De repente a chuva passou, o vento desapareceu, o mar acalmou-se e os pescadores foram em busca de canoas. A imagem da Virgem de Nazaré, que havia sido colocada numa tosca choupana, foi arrancada pela violência das águas e atirada nos rochedos, onde hoje se encontra a matriz. Recolocada na cabana, novamente depois de outra noite de tempestade, ela apareceu sobre a rocha, e de sua boca partia um sorriso, que parecia acalmar a população da aldeia.

    Vendo naqueles acontecimentos a vontade divina, as autoridades civis e religiosas resolveram construir no alto do promontório uma capelinha e sobre o nicho do altar colocaram a imagem de Maria.

    Minas Gerais também dedicou várias igrejas coloniais a esta invocação da Mãe Santíssima, salientando-se as das cidades de Santa Rita Durão, Morro Vermelho e Cachoeira do Campo, nas quais pode-se admirar em antigas pinturas o milagre da Virgem Maria salvando a vida do valente guerreiro cristão D. Fuas Roupinho. 

    A matriz desta última é considerada uma jóia do primitivo barroco mineiro, devido ao seu rico trabalho de talha dourada, que impressionava o visitante, não só pela profusão de ornamentos, como pelo aspecto suntuoso de seus altares. Muito simples na parte exterior, o magnífico templo colonial expressa pela sua riqueza interior o carinho do povo cachoeirense pela sua protetora, a Virgem de Nazaré. 

    As esculturas geralmente representam a Senhora de Nazaré sentada (às vezes de pé) segurando o Menino Deus em seu colo, do lado esquerdo. Ela veste uma túnica presa a cintura, adornada ao pescoço com correntes e colares. Sobre a cabeça tem um longo véu, que cai abrindo até os pés, e usa uma coroa real, assim como seu Filho. É uma imagem de madeira com cerca de 25 centímetros.

    As pinturas das igrejas mineiras mostram o milagre de Nazaré. Nelas a Virgem Maria (de pé ou sentada) aponta para um rochedo, onde se vê o cavalo de D. Fuas Roupinho preso à terra pelas patas traseiras e o fidalgo pedindo socorro à Mãe de Deus, que aparece cercada de nuvens e anjos. Embaixo, o mar e a corça se precipitando nele. Ao lado está a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, em seu santuário original em Portugal. 

    O Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, também referido como Igreja de Nossa Senhora da Nazaré, fica situado no Sítio da Nazaré, um bairro da vila da Nazaré, Portugal. No seu interior, guarda-se a sagrada imagem de Nossa Senhora da Nazaré, que foi, levada de Mérida para este Sítio, no ano de 711. A história desta imagem é contada na Lenda da Nazaré que você viu acima.
    No Sítio existem ainda os três santuários onde se venerou, e venera, a imagem desde que, segundo a lenda, ali chegou no ano de 711, levada por frei Romano, monge do mosteiro de Cauliana. A escolha do destino, no litoral Atlântico, advém porventura da existência nas proximidades de um mosteiro visigótico, do qual subsiste a igreja de São Gião, classificada como Monumento Nacional em 1986.

    Durante a Idade Média apareceram centenas de imagens de Virgens Negras por toda a Europa a maioria das quais, tal como esta, esculpidas em madeira, de pequenas dimensões e ligadas a uma lenda miraculosa. Hoje, existem cerca de quatrocentas destas imagens, antigas ou as suas réplicas, em igrejas por toda a Europa, bem como algumas mais recentes no resto do mundo.

    A verdadeira e sagrada imagem de Nossa Senhora da Nazaré ainda não foi sujeita a uma perícia laboratorial para a datar cientificamente e paralelamente obter a confirmação de se estar perante uma imagem bimilenar ou de uma réplica produzida posteriormente.

ORAÇÃO

Ó Virgem Imaculada de Nazaré, fostes na terra criatura

tão humilde a ponto de dizer ao Arcanjo Gabriel:

"Eis aqui a escrava do Senhor"!

Mas por Deus fostes exaltada e preferida

entre todas as mulheres para exercer a sublime missão

de Mãe do Verbo Encarnado.

Adoro e louvo o Altíssimo que vos elevou

a esta excelsa dignidade e vos preservou da culpa original.

Quanto a mim, soberbo e carregado de pecados, 

sinto-me confundido e envergonhado perante vós.

Entretanto confiando na bondade e ternura

do vosso Coração Imaculado e maternal,

peço-Vos a força de imitar a vossa humildade

e participar da vossa caridade, 

a fim, de viver unido, pela graça, ao vosso Divino Filho, Jesus,

assim como vós vivestes no retiro de Nazaré. Para alcançar essa graça, quero com imenso afeto

e filial devoção saudar-Vos como o Arcanjo Gabriel;

"Ave Maria, cheia de graça..."

Nossa Senhora de Nazaré, rogai por nós!


quarta-feira, 20 de abril de 2022

64- NOSSA SENHORA DE MONTSERRAT (PADROEIRA DA CATALUNHA), DIA 27 DE ABRIL

     Uma montanha com a forma semelhante a um serrote com dentes pontudos deu origem ao nome de Montserrat, lugar próximo á cidade de Barcelona, Espanha.

    Nossa Senhora de Montserrat ou Virgem Negra de Montserrat (em catalão, Mare de Déu de Montserrat, que significa "Mãe de Deus do Monte Serreado") é uma imagem de Maria, a mãe de Jesus Cristo, localizada no Mosteiro de Montserrat, no município de Monistrol de Montserrat, na província de Barcelona, na Catalunha, na Espanha. É conhecida popularmente como  La Moreneta ("A Morena"). Na imagem original, embora esteja protegida com um vidro, ele contem uma abertura em que os fiéis podem tocar na imagem da Virgem.

    Segundo nos conta a tradição, a imagem de Nossa Senhora foi esculpida por São Lucas e levada para Barcelona por São Pedro por volta do ano 50, e de lá ela foi transportada para a cidade de Montserrat pelo povo cristão, durante a perseguição que sofrera pelos mouros.

    No século VIII, durante a invasão muçulmana da Península Ibérica, teria sido escondida por devotos numa caverna. A imagem foi reencontrada somente no ano 880, por um grupo de crianças, também existem relatos que quem encontrou a imagem foi um grupo de pastores que viram sobre a montanha, estrelas que brilhavam mais do que o sol.  
    Assustados com o fenômeno relataram-no aos donos dos rebanhos que subiram até a montanha para desvendar o mistério. Lá chegando, encontram abaixo de onde estavam as estrelas, uma caverna, e dentro dela, a imagem de Nossa Senhora enegrecida pelo tempo tendo em seu colo, o Menino Jesus com as mãos abertas para abençoar.
    Consultando o bispo local decidiram levar a imagem para a cidade de Manresa para entroná-la na igreja principal. Quando estavam a caminho da cidade em romaria, no local onde hoje está o santuário, fizeram uma parada. No mesmo momento a imagem adquiriu um peso tão grande que se tornou impossível removê-la, por mais que se juntassem todas as pessoas ali presentes. Diante do inevitável, tiveram que renunciar a decisão e acatar o desejo da Santíssima Virgem que queria ser venerada no alto daquele monte. Teria, então, sido construído o Mosteiro de Santa Maria de Montserrat no local, para abrigar a imagem.

Estudos científicos

    Estudos científicos indicam que a imagem foi esculpida no século XII.

Padroeira da Catalunha

    Em 1881, Nossa Senhora de Montserrat se tornou a padroeira oficial da Catalunha.

Veneração em outros locais

    Da Catalunha, o culto a Nossa Senhora de MonteSerrat se espalhou para outros pontos do globo. Dessa forma, ela se tornou, também, a padroeira das cidades de Cotia, Salto e Santos, no estado de São Paulo, no Brasil.
    As atenções em Santos foram evidenciadas em 1614, quando soldados holandeses invasores estavam subindo o morro de São Jerônimo em direção à capela, construída em homenagem à Ela, onde o povo da cidade refugiava-se em oração à Virgem, quando ocorreu um desmoronamento que acabou por soterrar os atacantes e induziu os invasores a abandonarem a cidade. O fato motivou, em 1954, uma deliberação da Câmara Municipal, que declarou, Nossa Senhora de Montserrat, a padroeira oficial da Cidade, promovendo a coroação da imagem no dia 8 de setembro de 1955.
    Nossa Senhora de Montserrat é também a Padroeira da cidade de Salto, no interior de São Paulo, onde há um monumento em homenagem à Ela. Trata-se do 4º maior monumento religioso do Brasil atrás do de Santa Rita de Cássia no Rio Grande do Norte, do Cristo Redentor no Rio de Janeiro e do Cristo Luz em Santa Catarina. Também é padroeira da cidade de Santos neste mesmo estado.
Ela também é padroeira da Igreja de Nossa Senhora do Montserrat, em uma cidade pequena do interior do Piauí chamada Buriti dos Montes, a uns 250 quilômetros da capital Teresina, onde os festejos da padroeira ocorrem entre os dias 10 a 20 de julho. Todos os anos acontece, nesse período, uma festa grandiosa na cidade, onde vários fiéis do Brasil inteiro vão participar das festas. Essa cidade é pouco conhecida.
    Também é padroeira da cidade de Caiapônia, no Estado de Goiás, sendo sua data comemorada no dia 15 de agosto. A devoção chegou a esta cidade na época em que ela se chamava Rio Bonito (em 1913) através do padre espanhol José Senabre Sanromán. Ele, todos os dias, rezava uma missa em louvor à Ela e o povo rio-bonitense se apaixonou por Nossa Senhora com o título de Montserrat e sonhava em adquirir uma imagem dela para ser colocada na capela. Foi quando a zeladora da igreja, conhecida por Maria do Júlio, perguntou ao padre por que ele não encomendava uma réplica da imagem da virgem de Montserrat. Ele disse que achava difícil, pois ela teria de vir da Europa e não ficava barato, mas dona Maria se prontificou em conseguir o dinheiro para a compra da imagem e o padre José Senabre se convenceu. 
    O povo de Rio Bonito ficou eufórico com a notícia e ajudou o padre com suas doações. Com o dinheiro adquirido, ele encomendou a imagem, que veio da Espanha até o Rio de Janeiro de navio, de Santos para São Paulo de trem de ferro, de São Paulo para Uberaba de carro, de Uberaba/MG para Itumbiara/GO, naquela época santa Rita do Parnaíba, de cargueiro e até Rio Bonito de carro de boi. Viajou durante mais de três meses e, assim, no dia 25 de dezembro de 1913, festividade do Natal, deu-se um dos fatos mais importantes da história de Caiapôniaː a chegada da bela e artística imagem da senhora de Montserrat.
    Nossa Senhora do Montserrat é também padroeira da Paróquia e Santuário da Diocese de Valença, no Estado do Rio de Janeiro. São quase duzentos anos de devoção à bela imagem portuguesa, distinta das demais que se conhecem. O Curato e Paróquia de Nossa Senhora do Montserrat, situado na localidade de mesmo nome na cidade de Comendador Levy Gasparian - RJ, foi criado há 61 anos, mas o belo templo que abriga a imagem da augusta Senhora do Montserrat, data de 1857 - com registros de uma pequena capela próxima, ainda mais antiga. Os fiéis da localidade nunca deixaram de lado a devoção à Virgem, o que leva fiéis de diversas cidades vizinhas à procura do templo e da Virgem em vista de orações e milagres que são alcançados mediante a fé. 
    Por esta procura, o então bispo diocesano de Valença dom Rodolpho das Mercês de Oliveira Pena criou o Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, nesta localidade, no ano de 1957, erigindo-o canonicamente ao dia 8 de setembro do mesmo ano.     
    A Igreja dedicada à Virgem está bem situada, à margem do antigo Caminho Novo das Minas Gerais e da também extinta Rodovia União Indústria (Rio X Juiz de Fora), o que fazia, da localidade, um ponto de referência e de parada esplendoroso à fé e ao descanso dos viajantes. Com a construção da nova rodovia (atual BR-040 - Rio-Brasília), a localidade foi perdendo seu potencial, mas nunca deixou de viver intensamente a fé e a devoção à Virgem. Hoje, ainda à margem da antiga rodovia e à frente da esplendorosa pedra de Paraibuna, a capela e a devoção fazem jus ao título da padroeira. 
    Muitos são os que procuram, em aventuras, subir a pedra, que presenteia a todos com uma bela e magnânima visão das serras, vales e montes da região. Na comemoração do aniversário de 60 anos de fundação da Paróquia de Nossa Senhora de Montserrat, como marco do momento, em meio às celebrações solenes, a comunidade, crianças, jovens, adultos e idosos se mobilizaram à proposta do pároco padre Welder de Carvalho Silva de subirem a famosa pedra e, lá do alto, participarem da Santa Missa e Consagração solene à Virgem de Montserrat. Dando ênfase aos festejos, que acontecem sempre no dia 8 de setembro, o mesmo pároco, com o apoio da comunidade, criou a peregrinação a pé ao Santuário de Montserrat, levando os fiéis a uma experiência de fé, devoção e busca da misericórdia, com ele a caminhar também com os fiéis. 
Embora a fé do povo não tenha se perdido, a Igreja de Montserrat precisa urgentemente de ajuda para sua restauração. Boa parte das características originais do templo se foram, fato que, esforçada e vagarosamente, estão sendo revertidos pelo empenho dos fiéis e dos devotos. Ocorrem missas todos os domingos às 8 horas e todo dia 8 de cada mês a partir das 17 horas, com adoração e bênção do Santíssimo, missa e novena de Nossa Senhora de Montserrat.
    Nossa Senhora de Montserrat também é a padroeira de uma igreja na cidade de Porto Alegre/RS, situada no bairro de mesmo nome. A Paróquia Nossa Senhora do Montserrat foi fundada em 1963 e até hoje se encontra ativa na comunidade.
    O título de Montserrat, como pode ser visto, foi rapidamente difundido pelo mundo e o seu santuário original em Barcelona (imagem ao lado) é hoje um dos mais visitados por fiéis de todo o mundo.

ORAÇÃO

Ó clementíssima Virgem Maria, 

minha soberana e Mãe,

augusta Senhora do Motserrat, 

venho lançar-me no seio de vossa misericórdia

e ponho, desde agora a para sempre, 

a minha alma e o meu corpo

debaixo da vossa salva-guarda e da vossa bendita proteção.

Confio-vos e entrego nas vossas mãos

todas as minhas penas e misérias,

bem como o curso e o fim da minha vida,

para que, por vossa intercessão e vossos merecimentos,

todas as minhas ações se dirijam e se disponham

segundo a vontade de vosso Divino Filho,

Nosso Senhor Jesus Cristo, e que minha alma

depois desta vida possa alcançar a salvação eterna.

Ó Mãe, concebida sem pecado, 

rogai por nós, que recorremos a vós.

Nossa Senhora do Montserrat, rogai por nós.

Amém!

domingo, 17 de abril de 2022

63-NOSSA SENHORA DE MEDJUGORJE, DIA 25 DE JUNHO

"Rezai ao Espírito Santo para que desça sobre cada um de vós. As pessoas rezam de um modo errado: pedem [apenas] graças materiais. Poucos pedem o Dom do Espírito Santo. Mas aqueles que recebem o Espírito Santo, recebem tudo".
Nossa Senhora Rainha da Paz
    Em dia 24 de Junho de 1981, Mirjana Dragicevic e Ivanka Ivankovic relataram ter recebido uma aparição da Virgem Maria na vila de Međugorje. No dia seguinte, outras quatro crianças (Marija Pavlovic, Jakov Colo, Vicka Ivankovic e Ivan Dragicevic) também relataram ter observado a mesma aparição. Nos anos seguintes, os seis videntes continuaram sempre a relatar aparições da Virgem Maria diariamente, e isto à medida que Međugorje se tornava um famoso local de peregrinação cristã.

    Apresentando-se como Nossa Senhora Rainha, a Virgem Santíssima tem aparecido desde o dia 24 de junho de 1981 para seis jovens, na cidade de Medjugorje, na Bósnia. Dentro da história estas são as mais longas aparições e nas supostas aparições que ainda não tem aprovação da Igreja, é dito que serão as últimas, o último apelo à conversão para a humanidade. Porém não são somente estes jovens que viram a Virgem Santíssima, Por duas vezes ela apareceu para outras pessoas. A primeira foi na igreja e foi vista pelos peregrinos, pelos paroquianos e por um sacerdote. Na segunda, durante mais de 30 minutos ela pode ser admirada por várias pessoas que lá estavam presentes.

    Em suas aparições, Nossa Senhora se mostra sobre uma nuvem, acima do chão, portando um vestido de cor cinza e véu branco. Sobre a cabeça teaz uma coroa de doze estrelas. Segundo os jovens, sua voz é harmoniosa, parecendo uma canção.

    Muitos são os que se converteram no local e quase todas as pessoas que peregrinam para Medjugorje afirmam ver sinais no céu. Um certo dia, apareceu a palavra MIR (paz) escrita em letras douradas vinda da montanha em direção a igreja.

    Dez segredos foram confiados aos jovens por Nossa Senhora sobre fatos que acontecerão em breve. Eles serão revelados ao mundo três dias antes de ocorrerem. O terceiro segredo será um sinal permanente deixado na Colina das Aparições. Conforme divulgado pelos videntes, quando acontecer, os descrentes se arrependerão, mas não haverá mais tempo para a conversão. Só uma das jovens consegue ler os segredos confiados a ela por Nossa Senhora. As outras pessoas só vêem trechos bíblicos, uma mensagem, etc.

    Um fragmento deste documento foi analisado por cientistas que relataram ser sua composição desconhecida em nosso planeta. Alguns físicos nucleares testemunharam, com sofisticados aparelhos, que o nível de energia radioativa no momento da aparição é tão elevado, que seria fatal para todos se fosse radioatividade. 

    Estima-se que dois milhões de pessoas viajem anualmente à vila de Međugorje, em busca do conforto espiritual e das graças de Nossa Senhora, intitulada Rainha da Paz. No Brasil, a fé na Virgem da Bósnia já é compartilhada por cerca de um milhão de fiéis. De Portugal e de Espanha partem também, anualmente, dezenas de peregrinações para prestar devoção a Nossa Senhora de Međugorje.

Controvérsias e posição da Santa Sé

  No início de 2008, o Papa Bento XVI ordenou que o líder espiritual das aparições, o padre franciscano Tomislav Vlasic fosse confinado em um mosteiro da Ligúria, na Itália e proibido de exercer suas funções eclesiásticas até que se concluísse a análise do processo contra ele. Vlasic foi acusado de "manipulação de consciências", heresia, "doutrina dúbia" e imoralidade sexual, crimes que são previstos pelo código canônico. Seis anos depois de sua ordenação sacerdotal, em 1976, ele teria engravidado uma freira chamada Rufina. O padre então a convenceu a ir para a Alemanha, evitando assim o escândalo. Rufina partiu com a promessa do padre de que se juntaria a ela assim que abandonasse o sacerdócio, o que nunca aconteceu. Ao lado vemos a imagem de Nossa Senhora de Medjugorje em frente ao Santuário.
Segundo especialistas do Vaticano, se a Santa Sé colocou sob suspeita a idoneidade do padre Vlasic, estaria também colocando sob suspeita a veracidade das aparições de Međugorje.

    Segundo declarações do então porta-voz da Santa Sé Federico Lombardi, o Vaticano manteria uma posição reservada sobre o assunto, não aprovando nem desaprovando as aparições em Medjugorje.

ORAÇÃO

Querida Mãe, Rainha da Paz,

hoje senti um desejo muito grande de estar perto de tio, 

de falar, de receber o teu amor, o teu carinho tão maternal.

É preciso que eu busque alegria nela contida,

mas ao invés disso, guardo em minha memória

tantas recordações de fatos que me marcaram,

pessoas que me magoaram

e tudo isso pesa no meu coração, tirando-me a paz.

Eu peço a tua intercessão ó doce Mãe e tão querida amiga.

Ajuda-me a afastar para longe essas lembranças.

Sei que sendo Rainha da Paz o que mais desejas 

é a Suprema Paz, que é Jesus.

Estejas, pois com cada um de nós.

Dá-me a tua paz, ó Mãe, e que esta Paz

se derrame sobre todos os teus filhos.

Que a tua Paz permaneça conosco 

e que nada nos separe dela.

Roga por nós e estende o teu manto

sobre o Brasil e sobre todos os brasileiros.

Amém!

sexta-feira, 15 de abril de 2022

62-NOSSA SENHORA MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS, 31 DE MAIO


    Existem atualmente 4 dogmas universais referente a Santíssima Virgem Maria: 
Imaculada Conceição, que proclama que a Virgem Maria foi concebida desde o primeiro instante sem a mancha do pecado original.  
Virgindade Perpétua, que proclama a Virgem Maria sendo Virgem antes, durante e após o parto de Jesus.
Maternidade Divina, que proclama que a Virgem Maria verdadeiramente é Mãe de Deus.
Assunção, que proclama que a Virgem Maria foi elevada pelos anjos de corpo e alma ao Céu.
    Todo o fiel católico é obrigado por fé a professar essas verdades e duvidar ou negar uma delas é um desligamento automático da fé católica.
    Para o autor do Blog, embora a Mediação de Maria como Medianeira de todas as graças AINDA não seja proclamada como um dogma, é uma verdade tão natural que é apenas uma questão de tempo para ser proclamado, pois condiz com os ensinamentos dos doutores e dos papas ao longo da história, tendo até festa solene celebrada em 31 de maio em toda a Igreja. 
    O título de Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças tem fundamento litúrgico. Entendemos que Jesus Cristo é nosso Salvador e único mediador entre Deus e seus Filhos. Porém também nos é conhecido o fato de que Jesus concedeu a alguns, o dom de interceder por nós junto ao Pai. Assim, a Comunhão dos Santos nos traz a certeza de que os bons de coração, já neste mundo, servem como mediadores de nossas súplicas quando oram por nós e, uma vez no céu, com mais propriedade intercedem por nós. 

    No caso de Maria, Mãe de Deus e nossa, este fato ganha maiores proporções. O papel que Maria desempenhou em nossa redenção, desde  seu "sim", até o momento em que Jesus, já na Cruz, entregou-a ao discípulo que tanto amava e disse: "Eis aí tua mãe". Maria foi proclamada por Jesus, Deus vivo, a Mãe de toda a humanidade. Depois da Crucificação, Maria acompanhou os Apóstolos, aconselhando-os, dirigindo-os e sempre intercedendo pelos homens. 

    Maria foi proclamada Rainha dos céus e da terra, pois está acima de todos. Depois da Encarnação do Verbo ela é, sem dúvida nenhuma, a maior e mais santificada Obra de Deus Pai. Portanto, pela Santíssima Virgem como mediadora universal de todas as graças derramadas por Deus sobre nós. A cooperação de Maria na salvação das almas e a sua maternidade espiritual, a fazem mais do que  merecedora do título Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.

    No ano de 1921 o Papa Bento XV, instituiu a festa de Nossa Senhora, Medianeira de Todas as Graças.

    O Papa Leão XIII disse: "Era designo de Deus, que após ter Maria, servido de intermediária no mistério da Redenção, continuasse igualmente a ser intermediária das graças que esse mistério faria correr em todos os tempos. A sua festa é celebrada no dia 31 de maio".

    Mas foi no ano de 1921 que o papa Bento XV instituiu a festa dedicada a ela. Por isso, o Cardeal Primaz da Bélgica, Dom Mercier, teve a inspiração de criar o ícone de Nossa Senhora Medianeira. A imagem, pintada por uma freira franciscana chamada Angelita Stefani, é rica em significados e contém toda a teologia da Mediação de Nossa Senhora. 
O ícone de Nossa Senhora Medianeira é dividido em três partes: acima de tudo está a Santíssima Trindade; abaixo vemos Nossa Senhora e, aos pés dela, a terra com o sol e a lua. Assim, numa visão geral, vemos que a Virgem Maria está "entre" Deus e a terra, "entre" Deus e a humanidade. O ícone, porém, tem vários outros símbolos cheios de significados e mensagens.

Os símbolos na Santíssima Trindade
O círculo
    A Trindade está dentro de um círculo. O círculo simboliza a eternidade, pois é uma figura geométrica que não tem começo nem fim. Assim é Deus: não tem princípio nem fim. Ele é o princípio de todas as coisas.
Os raios que saem do círculo
    Os raios que saem do círculo simbolizam a glória de Deus. Várias passagens bíblicas falam da glória de Deus; que Deus habita uma luz inatingível e que o ser humano não suportaria ver a glória de Deus. Esta glória infinita provém do amor e da beleza infinita de Deus.
As letras Alfa e Ômega dentro do círculo

Alfa e ômega 
    São duas letras gregas que simbolizam o princípio e o fim e nos falam que Deus é o Princípio e o Fim de todas as coisas.

A figura do Pai
    A coroa do pai nos fala que Ele é Todo Poderoso, tem todo o poder, é o criador de todas as coisas. Os cabelos e a barba branca do Pai simbolizam a sabedoria e a eternidade de Deus. A túnica branca simboliza a pureza e a perfeição de Deus, pois nEle não existem manchas ou imperfeições. O manto vermelho do pai simboliza o sangue de deu Filho, Jesus, entregue pela humanidade.

A pomba " Espírito Santo
    A pomba no peito do Pai simboliza o Espírito Santo, que é o amor entre o Pai e o Filho, sendo a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Estando sobre a cruz de Jesus significa que Ele guiou os passos de Cristo até sua entrega total na cruz.

Cristo Crucificado
    O Cristo crucificado também está dentro do círculo. Portanto, é Deus. É a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Estar crucificado dentro do círculo da eternidade significa que o sacrifício de Cristo na cruz é para sempre e sempre atual. Observe que o Pai segura a cruz de Cristo com as mãos, simbolizando que o Pai recebe o sacrifício de seu Filho pela nossa salvação.

Os seis anjos abaixo do círculo
    Os seis anjos representam a criação. O número seis é o número da criação, pois Deus criou todas as coisas em seis dias. Estando em volta do círculo na sua parte inferior, significa que toda a criação presta louvor e adoração Deus.

A imagem de Nossa Senhora Medianeira
A frase de São Bernardo

    Na altura do rosto da Virgem Maria há uma frase de São Bernardo escrita originariamente em Latim e traduzida para o português. Ela diz: 'A vontade de Deus é que recebamos tudo por Maria'. Esta frase encerra toda a teologia da Mediação de Nossa Senhora. Foi através dela que Jesus Cristo se fez humano e conquistou para nós a salvação.

Os raios de Nossa Senhora Medianeira
    Os raios simbolizam as graças que chegam até nós pela mediação de Nossa senhora Medianeira. Eles saem da cruz de Cristo, simbolizando que todas as graças nos vem pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de Jesus. As graças vem de Deus e não de Maria. Depois, os raios saem dos braços abertos da Virgem Maria e descem para a terra, simbolizando que a Virgem Maria é despenseira, distribuidora das graças de Deus. Este símbolo é ligado ä imagem de Nossa Senhora das Graças e tem o mesmo significado.

A coroa de Nossa Senhora Medianeira
    A coroa de Nossa Senhora Medianeira simboliza que ela é Rainha do céu e da terra.

A túnica rosa de Nossa Senhora Medianeira
    A túnica rosa de Nossa Senhora Medianeira simboliza a alegria da salvação que ela ajudou a trazer e a alegria das graças que ela transmite para a humanidade.

O manto marrom amarrado à cintura de Nossa Senhora Medianeira
    O manto marrom amarrado à cintura de Nossa Senhora Medianeira simboliza que ela se coloca numa posição de serviço e humildade. O Marrom é a cor da humildade. Ao se tornar 'Medianeira', Nossa Senhora quer servir à humanidade, pois ela ama a todos e quer que todos recebam as graças maravilhosas que Deus tem reservadas para nós.

O sol e a lua aos pés de Nossa Senhora Medianeira
    O sol e a lua simbolizam o tempo, ao contrário da eternidade. Aos pés de Nossa senhora significa que a Mediação de Maria acontece em favor de nós que ainda não estamos na eternidade com Deus. Quando estivermos lá, na visão da felicidade eterna, junto com Maria, não precisaremos mais desta mediação, mas teremos atingido o objetivo de nossas vidas e o objetivo das graças que a Virgem Maria transmite, que é chegar ao céu.

    A veneração à Virgem Maria nasceu com os cristãos primitivos. A partir do século IV, o culto à sua intercessão alcançou toda a cristandade. A crença no poder de mediação de todas as graças da Mãe junto ao Filho de Deus, teve origem no próprio Evangelho.
    Ele revela que Maria cooperou com o Plano de Deus desde a Encarnação até a Redenção; Plano este que é Cristo Jesus. Revela que foi intermediária entre Jesus e São João Batista, santificado antes de nascer. Também revela que, o próprio Filho quis associar a Mãe na tarefa da reparação da Humanidade. Finalmente revela que o Espírito Santo desceu sobre a Virgem Maria e os apóstolos quando rezavam no cenáculo, momento solene do nascimento da Igreja. Assim, por sua maternidade divina, Maria se tornou Corredentora, obteve a função de Medianeira e se tornou Mãe da Igreja, da qual ela é o modelo perfeito.
    A devoção também chegou no Brasil e no sul do país ganhou enorme expressão. Em 1928, foi introduzida no Seminário São José, da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, através de um santinho recebido da Bélgica por Pe. Inácio Valle. Dois anos depois, diante da eminência de uma luta armada na cidade de Santa Maria, um pequeno grupo de romeiros foi a igreja do Seminário São José orar pela intervenção de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Logo em seguida a demanda foi resolvida sem confronto.
    O povo, organizou uma romaria maior e se dirigiu a igreja do Seminário para agradecer a proteção da Mãe Medianeira. A romaria cada vez maior se repetiu todos os anos. Hoje é a manifestação religiosa popular mais tradicional, antiga e numerosa do Rio Grande do Sul.

ORAÇÃO 

Agradeço-Vos meu Deus, o novo dia que para mim desponta. 

Pelas mãos de Maria Medianeira, minha Mãe do Céu, 

aceitai as minhas alegrias e dores, 

minhas esperanças e desenganos,

minhas folgas e meu trabalho de hoje, 

em remissão de meus pecados, 

para a felicidade de meu próximo e pelas almas do purgatório.

Fazei, Senhor, que aumente em minha alma

o amor a Deus sobre todas as coisas

e ao próximo como a mim mesmo.

Faço intenção de lucrar todas as indulgências

aplicadas a meus atos de piedade neste dia, 

a fim de que a sinceridade e a bondade do meu coração

caracterizem todos os meus pensamentos,

todas as minhas palavras e todas as minhas obras

deste dia que vou começar.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Amém!