segunda-feira, 30 de maio de 2016

11-ENTENDA O DOGMA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AO CÉU DE CORPO E ALMA


        A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. Ela não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita.
        Os protestantes acreditam que a Mãe de Deus, apesar de ter sido o Tabernáculo vivo da divindade, devia conhecer a podridão do túmulo, a voracidade dos vermes, o esquecimento da morte, o aniquilamento de sua pessoa.
        Vamos analisar o fato histórico, segundo é contato pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste.
        Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.
        Ela terminou sua “carreira mortal” na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum.
        A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de “dormição”.
        Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a “dormição” de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de S. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.
        Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.
        S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.
        Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.
        S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.
        Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava.
        Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial!
        Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.
        Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
        Como Nossa Senhora era isenta do ‘pecado original’, ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à “árvore da vida” (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma “morte suave” ou uma “dormição”.
        Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à “árvore da vida”.
        Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem.
        Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem“.
         É certo que Nossa Senhora escolheu passar pela morte, mesmo não tendo necessidade.
        Quais foram, então, as razões da escolha da morte por Nossa Senhora?
Pode-se levantar várias hipóteses. O Pe. Júlio Maria (da década de 40) assinala quatro:

1) Para refutar, de antemão, a heresia dos que mais tarde pretenderiam que Maria Santíssima não tivesse sido uma simples criatura como nós, mas pertencesse à natureza angélica.
2) Para em tudo se assemelhar ao seu divino Filho.
3) Para não perder os merecimentos de aceitação resignada da morte.
4) Para nos servir de modelo e ensinar a bem morrer.

        Podemos, pois, resumir esta doutrina dizendo que Deus criou o homem mortal. Deus deu a Maria Santíssima não o direito (por não ter acesso à “Árvore da vida”), mas o privilégio, de ser imortal. Ela preferiu ser semelhante ao seu Filho, escolhendo voluntariamente a morte, e não a padecendo como castigo do pecado original que nunca tivera.

Analisemos, agora, a Ressurreição de Maria Santíssima.
     
        Os Apóstolos, ao abrirem o túmulo da Mãe de Deus para satisfazer a piedade de São Tomé e ao desejo deles todos, não encontrando mais ali o corpo de Nossa Senhora, deduziram e perceberam que Ela havia ressuscitado!
        Não era preciso ver à ressurreição para crer no fato, era uma dedução lógica decorrente das circunstâncias celestiais de sua morte, de sua santidade, da dignidade de Mãe de Deus, da sua Imaculada Conceição, da sua união com o Redentor, tudo isso constituía uma prova irrefutável da Assunção de Nossa Senhora.
        A Assunção difere da ascensão de Nosso Senhor no fato de que, no segundo caso, Nosso Senhor subiu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao Céu pelo poder de Deus.
        Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora. Primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse de forma sobrenatural, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus. Se Deus a quis privilegiar com a Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa.
        Depois, a morte, como diz o ditado latino: “Talis vita, finis ita“, é um eco da vida. Se Deus guardou vários santos da podridão do túmulo, tornando os seus corpos incorruptos, muito mais deveria ter feito pelo corpo que o guardou durante nove meses, pela pele que o revestiu em sua natureza humana, etc.
        Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe. Sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe, etc. Como permitir que sua carne, presente na carne de sua santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes e tragada pela terra? Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas mesmas entranhas sofressem a podridão do túmulo e o esquecimento da morte? Seria tentar contra o amor filial mais perfeito que a terra já conheceu. Seria romper com o quarto mandamento da Lei de Deus, que estabelece “Honrar Pai e Mãe“.
        Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte?
        A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne.
        Ainda podemos levantar o argumento da relação imediata da paixão do Filho de Deus e da compaixão da Mãe de Deus, promulgada, de modo enérgico, no Evangelho, pela profecia de S. Simeão falando à própria Mãe: “Eis que este menino está posto para a ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada transpassará a tua alma” (Luc. 2, 34, 45).
       Esta tradução em vernáculo (português, no caso) é larga. O texto latino (em latim) tem uma variante que parece ir além do texto em português. “Et tuam ipsius animam pertransibit glaudius” – o que quer dizer literalmente: o mesmo gládio transpassará a alma dele e a vossa.
        Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória?
        Tudo isso se levanta dos Evangelhos.
        A Assunção de Maria Santíssima foi sempre ensinada em todas as escolas de teologia e não há voz discordante entre os Doutores. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo.
        Se a Virgem Imaculada recebeu outrora o Salvador Jesus Cristo, é justo que o Salvador, por sua vez, a receba. Não tendo Nosso Senhor desdenhado descer ao seu seio puríssimo, deve elevá-la agora, para partilhar com Ela a sua glória.
        Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho.
        Além de conservar a harmonia em sua própria obra, Deus devia continuar favorecendo a Virgem Imaculada, como Ele o fez, desde a predestinação até a hora de sua morte.
        Ora, podendo preservar da corrupção do túmulo a sua santa Mãe, tendo poder para fazê-la ressuscitar e para levá-la ao céu em corpo e alma, Deus devia fazê-lo, pois Ele devia coroar na glória aquela que já coroara na terra… Dessa forma, a Santíssima Mãe de Deus continuava a ser, na glória eterna, o que já fora na terra: “a mãe de Deus e a mãe dos homens“.
           Tal se nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: “Sentada à direita de seu Filho querido” (3 Reis, 2, 19), “revestida do sol” (Apoc. 12, 1), cercada de glória “como a glória do Filho único de Deus” (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!
        A Ascensão tem várias razões e a mais protuberante dessas razões é de caráter apologético. Era preciso que os homens pudessem dar testemunho deste fato histórico duplo: não só de que Nosso Senhor ressuscitou, mas de que tendo ressuscitado Ele subiu aos céus, a sua vida terrena não continuou. Ele subiu ao Céu, e subindo ao Céu Ele abriu caminho para todas as incontáveis almas que estavam no Limbo e que estavam esperando a Ascensão dEle para irem se assentar à direita do Padre Eterno.Um fato que chama a atenção é que Nosso Senhor, na História Sagrada, tenha querido Ele mesmo subir aos céus aos olhos dos homens e depois também tenha querido que a Assunção de Nossa Senhora para o Céu se desse aos olhos dos homens. Por que esta Ascensão e depois esta Assunção deveriam dar-se aos olhos dos homens?
        Quer dizer, antes de Nosso Senhor Jesus Cristo entrar no Céu ninguém podia entrar, só os Anjos estavam lá. Ele, na Sua Humanidade santíssima, foi a primeira criatura – ao mesmo tempo em que Ele era Homem-Deus – a subir aos céus como nosso Redentor; e Ele abriu o caminho dos céus para os homens. Mas havia uma outra razão que era a seguinte: era preciso que Ele, que tinha sofrido todas as humilhações, tivesse todas as glorificações. E glória maior e mais evidente não pode haver para alguém do que o subir aos céus, porque é o ser elevado por cima de todas as alturas. Estar acima de todas as coisas da terra e unir-se com Deus Nosso Senhor, transcender de todo esse mundo de onde nós estamos e ir para o céu empíreo onde Deus está, para unir-se a Ele eternamente.
        Nosso Senhor quis que Nossa Senhora tivesse a mesma forma de glória, e que assim como Ela tinha participado de maneira única do mistério da cruz, participasse também da glorificação dEle. E a glorificação dEla se dava por esta forma, sendo levada aos céus. Mas era uma assunção e não uma ascensão. A ascensão era a subida de Nosso Senhor ao Céu por Sua própria força, pelo Seu próprio poder. A assunção não é uma ascensão. Nossa Senhora não subiu ao Céu por um poder inerente à sua natureza: Ela subiu ao Céu pelo ministério dos Anjos, Ela foi carregada, foi levada ao Céu pelos Anjos.
        E esta foi a grande glorificação dela nesta terra, prelúdio da glorificação dEla no Céu; porque no momento em que Ela subiu ao Céu, foi coroada como Filha dileta do Padre Eterno, como Mãe admirável do Verbo Encarnado e como Esposa fidelíssima do Divino Espírito Santo. Ela teve uma glorificação na terra e depois uma glorificação no Céu.

        E nós devemos conceber a Assunção como tendo sido um fenômeno gloriosíssimo. Infelizmente, os pintores da Renascença, e os que de lá para cá nos apresentaram a Assunção, não souberam descrever de um modo adequado a glória que deve ter cercado este espetáculo. Nós devemos imaginar o seguinte: é próprio às coisas da terra que quando se quer glorificar alguém, todo mundo – vamos dizer numa casa, por exemplo – se põe nos seus melhores trajes, na casa se exibem os melhores objetos, se ornamenta a casa com flores, tudo o que há de mais nobre na casa é exibido para glorificar a pessoa a quem se quer homenagear.
        Esta regra está dentro da ordem natural das coisas e é seguida também no Céu. E é claro que o maior brilho da natureza angélica, o fulgor mais estupendo da glória de Deus nos Anjos tem que ter aparecido exatamente no momento em que subiu ao Céu Nossa Senhora. E deveriam estar – se for permitido aos mortais considerarem os Anjos com seus próprios olhos – rutilantíssimos, com um esplendor absolutamente invulgar. E se não foi dado a todos os mortais contemplar os Anjos nesta ocasião, é certo pelo menos que a presença deles se fazia sentir de um modo imponderável; porque muitas vezes na história a presença dos Anjos se faz sentir de um modo imponderável, embora não seja propriamente uma visão, ou uma revelação deles.
        E é natural também que nesta hora o sol tenha brilhado de um modo magnífico, que o céu tenha ficado com cores variadas refletindo de modo diverso, como numa verdadeira sinfonia, a glória de Deus. E é natural que as almas das pessoas felizes que estavam ali presentes tenham sentido essa glória em si de um modo extraordinário, de maneira tal que tenha havido ali uma verdadeira manifestação do esplendor de Deus em Nossa Senhora. Mas nenhum desses esplendores podia se comparar com o próprio esplendor de Nossa Senhora subindo ao Céu.
        À medida que Ela ia subindo, com certeza, como numa verdadeira transfiguração, como num verdadeiro monte Tabor, a glória interior dela ia transparecendo aos olhos dos homens. Falando dela diz o Antigo Testamento: omnis glória filia regis ab intos – toda [a] glória da filha do rei lhe vem de dentro, daquilo que está dentro dela. E com certeza essa glória interna que Ela tinha se manifestou do modo mais estupendo quando, já no alto de sua trajetória celeste, Ela olhou uma última vez para os homens, antes de definitivamente deixar esse vale de lágrimas e ingressar diante da glória de Deus.

(O dedo de São Tomé que tocou na chaga de Nosso Senhor (Basílica Santa Croce in Gerusalemme, Roma)

        Compreende-se que tenha que ter sido, depois da Ascensão de Nosso Senhor, o fato mais esplendorosamente glorioso da história da terra, comparável apenas ao dia do Juízo Final, em que Nosso Senhor Jesus Cristo virá em grande pompa e majestade, diz a Escritura, para julgar os vivos e os mortos e que com Ele, toda reluzente da glória dEle, de um modo indizível, aparecerá também Nossa Senhora aos nossos olhos. Nós devemos considerar aí a impressão que tiveram os apóstolos e os discípulos quando A viram subir ao Céu.
        Devemos considerar o fato que todo mundo conta, que a tradição narra, a respeito de São Tomé. São Tomé, como os senhores sabem, duvidou e porque ele duvidou foi convidado por Nosso Senhor a meter a mão na chaga sagrada do flanco dEle, para certificar-se que era realmente Nosso Senhor. Ele recebeu Pentecostes, se tornou um apóstolo confirmado em graça, tornou-se um grande santo. Mas conta uma tradição venerável que, porque duvidou, na hora da morte de Nossa Senhora ele não estava presente, nem na hora da Assunção; e que chegou quando Nossa Senhora já estava subindo ao Céu, já estava a certa distância da terra; foi aí que ele foi trazido pelos Anjos para contemplar o resto da Assunção.
        Aí os senhores vêem aquilo que nós poderíamos chamar a índole de Nossa Senhora, a cuja qualificação a palavra materna não basta, seria uma índole super materna, arqui-materna, incomparável. Quando Ela subia ao Céu e ele recebia esse castigo pungente – merecido por uma culpa tão reparada – de não ter podido estar presente à morte e Assunção de Nossa Senhora, ele chegou, olhou para Ela. Então, conta-se que Ela sorrindo, concedeu uma graça a ele que não concedeu a nenhum outro: Ela desatou o seu cinto e de lá de cima fez cair o cinto sobre ele, de maneira tal que ele recebeu com – já não direi o perdão, porque ele já estava perdoado – a remissão uma suprema graça, que era uma relíquia direta dela, atirada para ele do mais alto dos céus.
(Relicário contendo o Cinto de Nossa Senhora (Zingulum B. Mariae Virginis), que se venera na catedral de Aix-la-Chapelle, ou em seu nome germânico Aachen, na Alemanha)

        É assim Nossa Senhora quando tem algo a perdoar a algum filho muito dileto. Ela pune às vezes, porque às vezes Ela sequer pune, mas faz seguir essa punição de um sorriso tão bondoso, de um perdão tão completo e de uma graça tão grande que São Tomé, voltando para casa com os apóstolos, quase poderia mostrar esse presente dado a ele e dizer: o felix culpa, ó culpa feliz! Eu tive a desgraça de duvidar de meu Salvador, mas em compensação eu tive a felicidade de receber esta relíquia direta e celeste de minha Mãe Santíssima. O último sorriso dela, o último favor dela, a amenidade mais extrema, a bondade mais suave Ela deu exatamente a São Tomé e isto nos deve encorajar.
        Não há nenhum de nós que em relação a Nossa Senhora não tenha falhas, não tenha algum perdão a pedir. Nós devemos pedir a Nossa Senhora, nesta preparação da festa da Assunção, que Ela proceda assim maternalmente conosco, que Ela olhe para nossas falhas, mas que Ela nos dê um perdão, e que esse perdão seja o seguinte: é possível que analisando as nossas próprias almas com aquela severidade implacável que é a condição de seriedade de todo exame de consciência, é possível que nós consideremos que estamos chegando um pouco atrasados na nossa preparação espiritual para os fatos profetizados por Nossa Senhora em Fátima.
         Pois bem, nós devemos fazer a oração de São Tomé. Se chegarmos atrasados, que Ela nos dê essa graça, que Ela nos dê o favor especial, particularmente rico, particularmente suave, por onde de um momento para outro nós nos preparemos; de maneira tal que quando bater à porta de nossas almas a graça dos dias terríveis que se aproximam, estejamos prontos, cheios de enlevo. Esta é a reflexão que me ocorre fazer por ocasião da festa da Assunção de Nossa Senhora.
(Nossa Senhora entregando o Sagrado Cíngulo a São Tomás).

Esse texto foi extraído da Frente Universitária Lepanto e por explicar tão minunciosamente o dogma da Assunção, foram dispensadas auterações de forma que se encontra de forma integral.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

10-NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO, 25 DE MARÇO

       

Este título origina-se na Anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria. "Alegre-se, ó cheia de graça! O Senhor está com você" (Lucas: 1,28). Assim começa o "anuncio", do arcanjo Gabriel a Maria. Ela foi agraciada por Deus, escolhida e preparada para ser a Mãe do Salvador. 
         São Gabriel Arcanjo anuncia que ela dará à luz o Filho de Deus para a Salvação do Mundo. 
        Este momento marca o início de nossa Redenção com o "SIM" de Maria. O enfoque central do culto a Nossa Senhora da Anunciação supera a devoção à Santíssima Virgem e nos remete a Cristo, a Deus que se fez carne. 
        No momento em que Maria disse: "Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas: 1,38), teve início uma nova história para toda a humanidade. Este foi o marco que dividiu a humanidade em antes e depois.
        Maria, com sua atitude agiu como nossa co-redentora, e tornou-se a mais humilde e gloriosa de todas as criaturas de Deus. Com o SIM de Maria nasceu o título de Nossa Senhora da Anunciação, cuja festa é celebrada dia 25 de março, nove meses antes do nascimento de Cristo. 
        O SIM de Maria é como um selo que define a Aliança do povo (hebreu e cristão) com Deus, por isso marca o início da nova Aliança. Da anunciação também, se origina a devoção a Maria, Mãe de Deus. O evangelho de Lucas desenvolve, no capítulo primeiro, o tema da Anunciação.

ORAÇÃO
Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada, 
ó Maria! 
Crestes na mensagem divina 
e em vós se cumpriram grandes coisas, 
como vos fora anunciado.
Maria, eu vos louvo! 
Crestes na Encarnação do Filho de Deus 
no vosso seio virginal 
e vos tornaste Mãe de Deus. 
Raiou, então,  dia mais feliz da história da humanidade 
e Jesus veio habitar entre nós. 
A fé é dom de Deus e fonte de todo bem, 
por isso, ó Mãe, 
alcançai-nos a graça de uma fé viva, 
forte e atuante, 
que nos santifica cada dia mais. 
Que possamos comunicar com a nossa vida 
a mensagem de Jesus 
que é o caminho, a Verdade 
e a Vida da humanidade. 
Amém!

                                                         

sexta-feira, 13 de maio de 2016

9-NOSSA SENHORA RAINHA DOS ANJOS, (PADROEIRA DOS FRADES MENORES), DIA 2 DE AGOSTO


        Nossa Senhora Rainha dos Anjos é a patrona dos Frades Menores (Franciscanos). 
        Em uma planície próxima a cidade de Assis, Itália, encontra-se a majestosa Basílica de Santa Maria dos Anjos. O artístico templo abriga em seu interior a capela da Porciúncula, pequeno oratório retangular, onde São Francisco de Assis reconheceu sua vocação, respondendo ao apelo que o próprio Deus lhe fizera através dos lábios de um velho crucifixo.
        Dizem que o nome de Santa Maria dos Anjos provém do fato de que aquela ermida, fundada por quatro peregrinos de retorno da Terra Santa, era venerado um fragmento do túmulo da Madona e que sempre se ouvia no local o canto dos espíritos celestes. Foi também nesta capela tão pequena, que recebeu o nome de Porciúncula, isto é, pequena porção, que o Santo Patriarca recebeu a célebre indulgência do "Dia do Perdão".
        Conta-se que certa noite estava São Francisco em sua cela, rezando pela conversão dos pecadores, quando um anjo veio avisá-lo para dirigir-se à capelinha da Porciúncula. Ali chegando encontrou a Virgem Maria ao lado de seu Divino Filho e ambos rodeados de querubins e serafins. O Senhor, dirigindo-se ao Santo, disse-lhe que em recompensa de seu zelo na conversão dos pecadores poderia pedir-lhe o que quisesse. O seráfico pai pediu-lhe então uma indulgência plenária para todos aqueles que, tendo confessado e comungado, visitassem a igrejinha. Depois, como que assustado com o seu atrevimento, suplicou à Virgem Maria que intercedesse a seu favor. Não resistindo ao apelo de sua Mãe Santíssima, Jesus Cristo concordou com o pedido, mas sob a condição de que fosse ratificado pelo Papa, o seu vigário na terra, a quem dera o poder de atar e desatar.
        No dia seguinte Francisco foi ao encontro do Santo Padre, que lhe concedeu a graça, porém apenas um dia no ano, a 2 de agosto. Nesta data, denominada "Dia do Perdão", é enorme a afluência de fiéis à basílica de Porciúncula e a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora dos Anjos.
        A festa do Perdão é ainda hoje uma das mais importantes da Ordem Franciscana, pois foi estendida, mais tarde, pelo Papa Sisto IV, a todas as suas igrejas. Sendo Nossa Senhora dos Anjos a sua padroeira, é natural que vários templos da Ordem Seráfica recebessem o nome da citada invocação.
        Das seis paróquias brasileiras dedicadas a esta invocação, as mais importantes são: a bonita igreja de Penedo (Alagoas) com interessante frontaria barroca decorada em arenito e deslumbrante trabalho em talha dourada na capela-mor e altares laterais, assim como a famosa Santa Maria dos Anjos de Cabo Frio, construída em 1686 pelo povo, nos primeiros tempos da fundação da cidade. Entretanto, inegavelmente, o mais belo templo dedicado a Nossa Senhora dos Anjos é o São Francisco de Ouro Preto, o qual, além de ser uma das maravilhas da arquitetura colonial brasileira, encerra as obras primas de dois grandes artistas mineiros. Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde.
        Ambos retratam magnificamente a imagem da padroeira. O primeiro com a esmerada escultura em pedra sabão atingiu o apogeu de sua perfeição artística e Ataíde, pela policromia de sua pintura no teto do templo, tornou inesquecível, para quem teve a ventura de contemplá-la, a figura da Virgem Maria cercada por uma revoada de anjos.
        Estas belas imagens recordam a intercessão da Virgem Santíssima em favor dos pecadores, auxiliando São Francisco a alcançar a Indulgência, que foi estendida pelo saudoso Papa Pio XII a todas as paróquias autorizadas pelos bispos, no dia 2 de agosto, festa de Nossa Senhora dos Anjos. 

ORAÇÃO 
Augusta Rainha dos Céus e Senhora dos Anjos, 
vós que desde o princípio recebeste de Deus 
o poder e a missão de esmagar a cabeça de satanás, 
humildemente vos rogamos 
que envieis as legiões celestes, 
para que as vossas ordens 
persigam os infernais espíritos, 
combatendo-os por toda a parte, 
confundam a sua audácia 
e os precipitem no abismo. Amém!
Nossa Senhora dos Anjos, Rainha dos Frades Menores, 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

8-NOSSA SENHORA DO AMPARO, 8 DE SETEMBRO


        A veneração a Nossa Senhora do Amparo tem sua origem nos primeiros anos do cristianismo, logo que os Evangelistas saíram pelo mundo para pregar os ensinamentos de Jesus. Segundo a tradição, São Lucas pintou um quadro de Maria ao pé da cruz recebendo de Jesus a herança de ser a protetora de toda a humanidade, representada por São João. Esta cena está descrita no Evangelho de São João quando Jesus diz para Maria; "Mulher, eis aí teu filho".
Ao partir para a Península Ibérica, São Tiago levou consigo o quadro e difundiu naquela região o culto à Mãe de Deus.
Vários santuários começaram a ser construídos para honrar aquela que Jesus nos deixou como Mãe espiritual, e muitos cristãos recorriam a ela pedindo o seu amparo. Deste fato surgiu a devoção a Nossa Senhora do Amparo.
Após a descoberta do Brasil o culto da Senhora do Amparo não tardou a atravessar os mares e estabelecer-se entre nós. Sob a proteção de Nossa Senhora do Amparo fundou-se o forte que deu origem à cidade de Fortaleza, capital do Ceará. Um dos primeiros templos brasileiros dedicados a esta invocação foi em Olinda, que já existia em 1617 e reconstruído 30 anos depois.
Atualmente Nossa Senhora do Amparo é representada sentada, segurando com a mão esquerda o Menino Jesus de pé sobre seus joelhos e abençoando os devotos com a mão direita. Ambos aparecem coroados, sendo que algumas vezes a Virgem tem um cetro na mão.

ORAÇÃO:
Alcançai-me, Senhora do Amparo,
a graça que humildemente vos peço,
pois em vosso Coração Imaculado
e cheio de ternura,
eu pus toda a minha confiança.
A esse Coração Materno
que também experimentou os golpes dos mais pungentes,
entrego todos os cuidados meus
e das pessoas que me são caras;
recebei em vossas mãos abençoadas
a minha vontade e o meu coração,
a minha vida e a minha mente.
Sede também, ó Mãe de bondade,
conforto e amparo de todos os atribulados,
dos famintos, das criancinhas que sofrem
e não vos esqueçais dos pobres pecadores.
A todos fazei-nos sentir que sois nossa mãe.
Assim seja!

terça-feira, 10 de maio de 2016

7-NOSSA SENHORA DA AJUDA, 15 DE AGOSTO

        Este título tem origem em Portugal.
        Na época das expedições, muitas embarcações portuguesas eram entregues a sua proteção e algumas delas levavam sua imagem a bordo. Nossa Senhora da Ajuda era venerada por muitos soldados e marinheiros que invocavam sua ajuda nos momentos de perigo.
        Os padres jesuítas trouxeram esta devoção para o Brasil, construindo a sua primeira igreja na Bahia, em honra de Nossa Senhora da Ajuda. Os relatos sobre a construção, em 1549,  da igreja narram um milagre realizado pela Virgem, durante o período das obras.
        Os padres escavaram os alicerces no alto morro de Porto Seguro. Como no local não havia água, foram obrigados a cavar uma valeta para transportar a água de um outro lugar. Esta vala passava pelas terras de um colono que, inconformado com o fato, denunciou-os às autoridades locais e exigiu que parassem imediatamente com a retirada da água, acreditando que se esgotaria e lhe faria falta no momento que mais precisassem. Os padres pediram ajuda a Virgem Santíssima para que conseguissem acabar a obra.
        Durante a celebração da Santa Missa, no local que se erguia a capela, começou a brotar água junto ao tronco de uma árvore que eles haviam cortado para preparar o terreno da construção.
Essa água passou a ser considerada milagrosa e muitos peregrinos iam ao local para curar suas doenças, conforme narrou Padre José de Anchieta (Nosso Santo Brasileiro e fundador da Cidade de São Paulo).
        A imagem atual que está na Bahia é a mesma que pertenceu à embarcação que trouxe o primeiro Governador Geral do Brasil.

ORAÇÃO
Mãe Santíssima d'Ajuda,
Virgem pura e Imaculada,
ouvi como nossa especial advogada os nossos clamores.
Mostrai-nos o vosso poder profundo;
o céu e a terra, o mundo inteiro, vos venera,
até o inferno a vós se rende, ó Senhora.
Procuramos o vosso abrigo como filhos miseráveis,
pois são mais admiráveis os vossos prodígios.
Queremos, Senhora, seguir vossos vestígios.
Sede sempre nossa protetora e advogada,
socorrei a nós e a nossas famílias,
alcançai a todos as graças que vos pedimos
e enfim a eterna felicidade do céu.
Abençoai-nos e protegei-nos, ó Virgem Santíssima.
Amém!
(É costume rezar três vezes a oração Salve Rainha, seguidas da jaculatória:
Nossa Senhora d'Ajuda rogai por nós!)

segunda-feira, 9 de maio de 2016

6-NOSSA SENHORA DOS MILAGRES, 9 DE MAIO

        A devoção a Nossa Senhora dos Milagres provém de uma antiquíssima tradição da cidade francesa de Mauriac que fica situada ao pé de uma colina vulcânica.
A cidade foi fundada por São Mário, seu padroeiro. Santa Teodechilde, após várias visões da Virgem, mandou construir nesse local, uma capela, onde um círio deveria ficar perpetuamente aceso, ao lado da imagem de Maria. Mais tarde, construiu um mosteiro ao lado do templo e doou seus bens aos monges, com a condição de que eles cuidassem do santuário. Inúmeros milagres ocorreram por intercessão da Virgem, cuja imagem venerada é a mesma que foi doada a santa Teodechilde por seu pai, na Idade Média.
        Em 1050 os restos de São Mário foram enterrados nessa capela, onde são conservadas, como preciosidades, algumas relíquias do santo.
        A festa de Nossa Senhora dos Milagres em 9 de maio, com um ofício litúrgico próprio, dá um carater particular e distingue-a de outras peregrinações da Alta Auvergne.
        A peregrinação oficial passou a ser realizada no domingo que segue o dia 9 de maio, mas outras peregrinações particulares são realizadas no decorrer do ano.
        No Brasil existem paróquias dedicadas a Nossa Senhora dos Milagres em Goiana (PE), cuja igreja foi construída no início do século XVIII, em Olinda à beira-mar, em Brejo da Cruz (PB), no Morro do Chapéu (BA), em Milagres (CE) e em Monte Santo de Minas (MG).
                     SÃO MÁRIO                                                SANTA TEODECHILDES
  
ORAÇÃO
Vossa poderosa intercessão junto a Deus
nos propicia inúmeros milagres,
sinais sensíveis do amor de Deus à humanidade.
Nossa Senhora dos Milagres,
intercedei hoje especialmente por esta graça... (fazer o pedido).
Em gratidão por vosso auxílio e proteção,
rendo-vos eternos louvores. Amém!


domingo, 8 de maio de 2016

5-NOSSA SENHORA DOS DESAMPARADOS, 8 DE MAIO


A origem deste título está ligado a um fato ocorrido na cidade de Valência, no leste da Espanha, em 1409, às margens do Mar Mediterrâneo, é uma cidade carregada de história. Ela foi invadida pelos muçulmanos no fim do século XI e reconquistada pelo grande herói Cid Campeador, que foi seu soberano e ali faleceu.
Em Valência nasceu o extraordinário São Vicente Ferrer, que lutou contra a decadência da Idade Média com tal vigor e eloquência que foi chamado de Anjo do Apocalipse.
A padroeira de Valência é Nossa Senhora dos Desamparados, cuja belíssima história é, em breves traços, a seguinte:
No início do século XV – quando ainda vivia o grande São Vicente Ferrer – foi fundada em Valência a Confraria dos Desamparados. Ela visava socorrer os doentes e dar digna sepultura aos cadáveres abandonados nos campos.
O principal inspirador foi o Beato Padre Jofré. A confraria era composta sobretudo de artesãos, mas chegou a ter entre seus membros também duques, marqueses, condes e ricos burgueses. Eles obtiveram uma capela, mas faltava uma imagem de Nossa Senhora que exprimisse o espírito daquela instituição.
Em 1414, apareceram na casa de um confrade – cuja esposa era cega e paralítica – três jovens muito bem apessoados, em traje de peregrinos. Disseram ser escultores e se dispuseram a fazer uma imagem da Virgem para a confraria. Pediram apenas um local isolado para trabalharem e que, durante três dias, ninguém os visitasse.
Consultado o Beato Jofré, a proposta foi aceita. No quarto dia, o mesmo homem de Deus, acompanhado de várias pessoas, foi até o local onde estavam os três jovens. Bateram à porta. Como ninguém atendesse, arrombaram-na.
Oh magnífica surpresa! Os jovens haviam desaparecido, mas deixaram uma belíssima imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus.
Todos entenderam que os peregrinos escultores eram anjos. A esposa cega do confrade, que recebera os três anjos, foi conduzida até o local onde estava a imagem. Chegando diante da bela escultura, imediatamente recobrou a vista e o movimento de seus membros.
A partir de então, mediante a intercessão de Nossa Senhora dos Desamparados, ocorreram muitos milagres, entre os quais a cessação da terrível peste que grassou em Valência e outras partes da Espanha em meados do século XVII, no reinado de Filipe IV.
A imagem de Nossa Senhora dos Desamparados mede 1,40m e a representa carregando, no braço esquerdo, o Menino Jesus; o braço direito, cuja mão segura um ramo de lírios de prata, está estendido em direção ao solo. Sobre a cabeça de Nossa Senhora há uma grande e riquíssima coroa, cravejada de brilhantes, pérolas, rubis e outras pedras preciosas. Atrás da coroa, um belo resplendor com doze estrelas. O Menino Jesus segura em seus braços uma cruz. A Virgem e seu divino Filho portam túnicas e mantos primorosamente lavrados. Apesar dos exames realizados, até hoje não se sabe exatamente de que material foi esculpida a imagem.
No ano de 1667, a imagem foi transferida em grande solenidade para a nova igreja construída em sua honra, e passou a ser a padroeira da cidade de Valência.
Hoje, tantas pessoas estão no desamparo, sobretudo espiritual. Se Nossa Senhora enviou três anjos para o socorro material dos homens no século XV, com quanto mais razão não enviará legiões de espíritos angélicos para nos proporcionar auxílio sobrenatural contra a degenerescência moral catastrófica em que o mundo se encontra!
É preciso pedirmos com fé, perseverança, humildade e confiança:
Nossa Senhora dos Desamparados, socorrei-nos, a nós, abandonados neste mundo neopagão

ORAÇÃO

Ó Mãe Amabilíssima,
vós que sois a Saúde dos Enfermos,
Medianeira de Todas as Graças,
Consoladora dos Aflitos,
olhai por todos nós,
vossos filhos que a vós recorremos.
Ó querida Rainha,
Nossa Senhora dos Desamparados,
atendei às súplicas
dos que clamam por vossa intercessão.
Fazei com que sejamos acolhidos
no Coração misericordioso
do vosso filho Jesus.
Protegei àqueles que padecem nesta vida,
sem trabalho, sem alimento, sem moradia.
Mãe dos desamparados,
Olhai por aqueles
que estão afastados do convívio social,
que sofrem de doenças mentais,
que vivem em abrigos ou asilos.
Enfim, piedosa Virgem,
cobri com vosso manto de proteção
a todos nós,
vossos filhos desamparados,
guiando-nos durante as nossas vidas
até ver-nos a salvo no céu
bendizendo o vosso nome.
Assim seja!

4-NOSSA SENHORA AUXILIADORA, 24 DE MAIO


        Em 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.
A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão, acrescentando nas ladainhas lauretanas (ladainha de Nossa Senhora) a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.
No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.
O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.
Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.


O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades.
No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.
A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”. Podemos identificar isso também pela sua consagração a Nossa Senhora pelo Método de São Luiz, sendo assim "Escravo da Virgem Maria".

Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.



Oração a Nossa Senhora Auxiliadora

Santíssima Virgem Maria
a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos,
nós vos escolhemos como Senhora
e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui
Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo:
do incêndio, da inundação,
do raio, das tempestades,
dos ladrões, dos malfeitores,
da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei,
guardai como coisa vossa
as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes
a graça mais importante,
a de viverem sempre na amizade de Deus,
evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus,
e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus
e para com todos aqueles
pelos quais Ele morreu na cruz.
Maria, Auxílio dos Cristãos,
rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.
Amém.

ORAÇÃO

Ó Maria, Virgem poderosa,
grande e ilustre defensora da Igreja,
auxílio maravilhoso dos cristãos,
terrível como exército ordenado em batalha,
vós que  destruístes a heresia em todo o mundo,
nas vossas angústias, nas nossas lutas,
nas nossas aflições,
defendei-nos do inimigo e, na hora da morte,
acolhei a nossa alma no paraíso. Assim seja!
(Oração composta por São João Bosco)

sábado, 7 de maio de 2016

3-NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA (PADROEIRA DO BRASIL),12 DE OUTUBRO

        Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil. Ela é reverenciada numa estátua de Nossa Senhora da Conceição, vestida com um manto azul todo enfeitado. Ela fica exposta na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, interior do Estado de São Paulo. A festa em sua honra é celebrada no dia 12 de outubro, também dia das crianças. Este dia é feriado para os brasileiros desde 1980, quando a basílica foi consagrada por João Paulo II em sua primeira visita ao Brasil. A basílica de Aparecida é a segunda maior do mundo, e a maior igreja dedicada a Nossa Senhora, a quarta igreja mariana que recebe mais visitas no mundo, com a incrível capacidade de receber 45 mil romeiros no seu interior.

História de Nossa Senhora aparecida

Os fatos foram registradosParóquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, à qual pertencia a região onde a imagem foi encontrada. A imagem apareceu em outubro de 1717. E os fatos aconteceram assim:

pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757. Esses registros foram feitos nos livros da
Dom Pedro de Almeida, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, homem que detinha também o título de Conde de Assumar, passava por Guaratinguetá, SP, quando viajava para Vila Rica, MG. A população organizou uma festa para receber o conde de Assumar. Para prepararem a comida, pescadores foram para o rio Paraíba com a difícil missão de conseguirem muitos peixes para a comitiva do governador, mesmo não sendo tempo de pesca. Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves, sentindo o peso de sua responsabilidade, fizeram uma oração pedindo a ajuda da Mãe de Deus. Depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém, faltando a cabeça. Emocionado, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre. Mas, após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar ao porto com medo de a canoa virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.

Devoção a Nossa Senhora Aparecida

A imagem ficou na casa de Filipe Pedroso por 15 anos. Ali, os amigos e vizinhos se encontravam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil afora. Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as luzes se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem. Construíram um pequeno oratório em Itaguaçu, que em pouco tempo já não comportava o grande número de fieis que para lá acorria.

Primeira Capela

O vigário da cidade de Guaratinguetá resolveu construir uma capela no morro dos Coqueiros. As obras terminaram em julho de 1745. O filho de Filipe Pedroso ajudou a construir essa capela. No dia 20 de abril de 1822, o imperador Dom Pedro I, juntamente com uma grande comitiva, fizeram uma visita à capela para homenagear a imagem milagrosa da Senhora de Aparecida, como também é conhecida.
A quantidade de pessoas e romeiros que visitavam a imagem aumentava a cada dia. Por isso, em 1834, deram início às obras da igreja que é conhecida hoje como Basílica Velha. Ela era bem maior que a capela e foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888.

Coroa e Manto de Nossa Senhora Aparecida

Em sua segunda visita à basílica, feita no dia 6 de novembro de 1888, a Princesa Isabel ofereceu à santa uma bela coroa feita de ouro, enfeitada com rubis e diamantes. Era o cumprimento da promessa feita 20 anos antes, na primeira visita feita à imagem.

Missionários Redentoristas

Os Missionários Redentoristas, congregação de origem italiana, chegaram a Aparecida em outubro de 1894. Eram padres, religiosos e irmãos que se dedicavam ao trabalho de atender a todos os romeiros que chegavam para rezar e cumprir suas promessas a Nossa Senhora Aparecida.

Coroação e favores

A imagem foi solenemente coroada – com a coroa que a Princesa Isabel doou – em 8 de setembro de 1904. A imagem passou a ser apresentada, então, com o manto azul anil, bordado com ouro e pedras preciosas. A celebração foi presidida por Dom José Camargo Barros. Estavam presentes o Núncio Apostólico, vários bispos, o senhor Rodrigues Alves, então Presidente da República, e grande multidão. Após este fato, o Santo Padre concedeu ao Santuário de Aparecida outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida e indulgências para os romeiros em peregrinação ao Santuário.

A BASÍLICA E A CIDADE

Em 29 de abril de 1908, a igreja passou a ser chamada de Basílica Menor e sua sagração se deu no dia 5 de setembro de 1909. Para a solenidade o Papa Pio X enviou, de Roma, relíquias de São Vicente Mártir. No dia 17 de dezembro de 1928, a vila que crescera em volta da Basílica e que pertencia ao município de Guaratinguetá, fica independente, tornando-se o município de Aparecida do Norte. Hoje, a cidade se chama Aparecida.

Nossa Senhora Aparecida, Rainha e padroeira do Brasil

O Papa Pio XI decreta Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil no dia 16 de julho de 1930. A Lei Federal nº 6.802 (30/06/1980) decreta oficialmente o dia 12 de outubro como feriado nacional, dia de devoção à santa. Esta Lei Federal também reconhece Maria como sendo a protetora do Brasil.

Rosa de Ouro

Em 1967, na festa de 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a Rosa de Ouro, gesto repetido pelo Papa Bento XVI, que ofereceu outra Rosa, em 2007, por ocasião de sua Viagem Apostólica ao país, reconhecendo a importância da devoção a Nossa Senhora Aparecida e do Santuário de Aparecida para o Brasil.

Nova Basílica

O fenômeno de Aparecida é impressionante. O número de romeiros cresce, cresce, cresce. Milhares de graças e milagres são relatados ano após ano. Por isso, uma nova basílica, bem maior, começou a ser construída em 1955 para acolher o numeroso fluxo de romeiros vindos de todo o país. Benedito Calixto, o arquiteto responsável pela obra, idealizou um edifício no formato da cruz grega. A igreja tem 168m de largura por 173m de comprimento. Suas naves chegam a 40m de altura e a cúpula central alcança 70m de pé direito. É uma obra impressionante. No dia 4 de julho de 1980, numa celebração eucarística solenemente conduzida pelo Papa João Paulo II, a Basílica de Nossa Senhora Aparecida foi finalmente consagrada. O santuário de Aparecida é a maior basílica do mundo dedicada à Maria Mãe de Deus.

Consagração a Nossa Senhora Aparecida Oficial:

Ó Maria Santíssima,
pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo,
em vossa querida imagem de Aparecida,
espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. 
Eu, embora indigno
de pertencer ao número de vossos filhos e filhas,
mas cheio do desejo de participar
dos benefícios de vossa misericórdia,
prostrado a vossos pés,
consagro-vos o meu entendimento,
para que sempre pense no amor que mereceis;
consagro-vos a minha língua
para que sempre vos louve e propague a vossa devoção;
consagro-vos o meu coração,
para que, depois de Deus,
vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, o Rainha incomparável,
vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe,
no ditoso número de vossos filhos e filhas;
acolhei-me debaixo de vossa proteção;
socorrei-me em todas as minhas necessidades,
espirituais e temporais,
sobretudo na hora de minha morte.
Abençoai-me, o celestial cooperadora,
e com vossa poderosa intercessão,
fortalecei-me em minha fraqueza,
a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida,
possa louvar-vos,
amar-vos
e dar-vos graças no céu,
por toda eternidade.
Assim seja!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

2-NOSSA SENHORA ACHIROPITA, 15 DE AGOSTO

       
Conta a tradição que, no ano 580, o capitão Maurício, desviado pelos ventos, chegou a uma aldeia de Calábria, na Itália, na cidade de Rossano, Calábria. Em uma pequena gruta morava o monge Santo Efrem, muito devoto de Nossa Senhora e foi ao seu encontro. Lhe disse: "Não foram os ventos que te conduziram para cá, mas Nossa Senhora, para que tu- uma vez Imperador- lhe construas um templo". Dois anos depois, Maurício se tornou imperador e construiu a igreja dedicada a Maria. Em pouco tempo, artistas provenientes de Bizâncio vieram ao local para pintarem uma imagem da Virgem no fundo da gruta. A cada dia eles iniciavam sua obra e, misteriosamente, durante a noite todo o trabalho desaparecia. Intrigado com o fato, o governador do local, responsável pela vinda dos artistas, ordenou que a gruta fosse vigiada noite e dia, para que o trabalho não fosse prejudicado e para que se encontrassem os culpados por esse crime.
        Certa noite, uma senhora entrou no santuário, trajando uma túnica de seda, resplandecente, e pediu para que ele se retirasse do local. Na manhã seguinte, depois de saber do ocorrido, o governador seguiu para a gruta com outras pessoas, e lá chegando, viram a imagem de Maria pintada no mesmo local onde os artistas tentavam pintá-la sem sucesso. A Virgem Santíssima havia pintado sua própria imagem.
        Não viu a senhora, mas numa das paredes do templo havia a imagem de Nossa Senhora com traços típicos da mulher calabresa. O povo logo se dirigiu à capela, aclamando: Achiropita! Achiropita (que significa: imagem não pintada por mão humana).
        Os incontáveis milagres acontecidos através da intercessão de Nossa Senhora traziam muitos peregrinos até o local e, por essa razão. o Imperador mandou erguer uma Basílica dedicada a Virgem Achiropita.
        Os emigrantes italianos, vindos para São Paulo, trouxeram uma cópia da imagem que se encontra na Basílica de Rossano e, auxiliados pelos padres missionários da Divina Providência, construíram uma igreja em homenagem no Bairro Bela Vista.

                                                                         ORAÇÃO:

Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe Achiropita,
volvei o vosso olhar piedoso para nós e para nossas famílias.
Através dos séculos, pelos milagres e pelas aparições,
mostrastes ser Medianeira perene de graças.
Tende compaixão das dificuldades em que nos encontramos
e das tristezas que amarguram a nossa vida.
Vós, coroados Rainha, à direita do Vosso Filho,
cheia de glória imortal, podeis auxiliar-nos.
Tudo o que está em nós e em nossa volta,
receba as vossas bênçãos maternais.
Ó Rainha Achiropita, prometemos dedicar-vos toda a nossa vida
para a honra do vosso culto e a serviço de nossos irmãos.
Solicitamos de vossa maternal bondade
os auxílios em nossas necessidades
e a graça de viver sob a vossa constante proteção,
consolados em nossas aflições
e livres das presentes angústias.
Com confiança podemos repetir que, não recorre a vós inutilmente
aquele que vos invoca sob o título de "Achiropita".
Amém!


segunda-feira, 2 de maio de 2016

1-NOSSA SENHORA DOS POBRES- 25 DE JANEIRO


        A região de Maastrich, Bélgica, é uma das mais inférteis da Europa. Ai fica a vila de Banneux, onde Mariete Beco, de 12 anos, teve em 1933 uma série de visões de Nossa Senhora. A primeira aparição se deu a 15 de janeiro, no quintal de casa.
        Olhando pela janela, Mariette viu uma Senhora muito formosa, toda iluminada, vestida como a Virgem de Lourdes. Queria ir ao seu encontro, mas foi impedida pela mãe, temerosa por não saber o que se passava. Dias depois, a Virgem aparece novamente e conduz Mariette até uma fonte.
        Ai lhe diz: "esta fonte está reservada para mim". E desaparece.
        Diante da incompreensão da menina, disse em outra aparição: "esta fonte está reservada para todas as nações, para restaurar e socorrer os doentes". A menina perguntou também qual era o nome da Senhora, que respondeu: "Eu sou a Virgem dos Pobres".
        Uma capela simples foi construída junto à fonte, conforme o desejo da Virgem dos Pobres. Em 1949, as aparições foram Oficialmente conhecidas e um santuário foi construído no local.

ORAÇÃO 
Nossa Senhora, 

Virgem dos Pobres, 
acalentai o coração dos que sofrem 
com a pobreza e o abandono. 
Fazei que a justiça prevaleça sobre a injustiça, 
a caridade sobre o egoísmo, 
a solidariedade sobre o individualismo. 
Assim viveremos mais tranquilos e felizes. 

Amém.

ESSE TÍTULO DE NOSSA SENHORA TAMBÉM É CONHECIDO COMO VIRGEM DE BANNEUX.