sábado, 7 de março de 2020

50-NOSSA SENHORA DA CONSOLAÇÃO (PADROEIRA DA ORDEM AGOSTINIANA), DIA 08 DE SETEMBRO

        O título de Nossa Senhora da Consolação teve origem no primeiro século, já na época dos Apóstolos que tinham em Maria, após a morte de Jesus, o conforto e o amparo na missão de difundir o Cristianismo pelo mundo, os Apóstolos a Ela recorriam como mãe e consoladora de suas tribulações e angústias. 
        Nossa Senhora da Consolação é conhecida como padroeira dos lares, responsável pela harmonia das famílias e conversão dos filhos desviados. Isto se deve, em parte, ao fato da Virgem Santíssima, sob o título de Senhora da Consolação, ter sido invocada por Santa Mônica para salvar Santo Agostinho, seu filho, da vida desregrada em que se encontrava após a morte de seu pai. 
        Nossa Senhora teria aparecido a Santa Mônica e lhe entregue a correia, que é símbolo da Ordem, e mandou Agostinho e "seus filhos", no caso os seguidores da Ordem por ele fundada, cingirem-se com a correia e vestirem o hábito preto. Essa tradição Graças ao auxílio de Nossa Senhora, Santa Mônica teve a felicidade de ver seu filho convertido e tornar-se um verdadeiro cristão. 
        A devoção à Virgem Consoladora dos Aflitos espalhou-se por todos os países, por intermédio dos padres Agostinianos, pois a ela se deve a conversão de seu Santo Patrono. 
        Pode-se dizer que o Brasil nasceu sob a proteção da Virgem Consoladora, pois, antes mesmo de Pedro Álvares Cabral chegar às praias da Terra de Santa Cruz, Vicente Pinzón, navegador espanhol, companheiro de Colombo em suas viagens ao Novo Continente, descobriu um promontório, que se acredita ser o Cabo de Santo Agostinho, ou a ponta de Mucuripe, em Fortaleza, ao qual deu no nome de Santa Maria de la Consolación.
Nossa Senhora da Consolação conta com um grande número de devotos em todos os estados do Brasil.
        O ser humano é criado com o desejo de felicidade, que muitas vezes, busca preencher com vícios e outros pecados. Essa sede de felicidade, somente pode ser encontrada em Deus que é infinito para preencher o vazio infinito do coração do homem.
Somente em Deus podemos encontrar a verdadeira consolação de nossas aflições. E a Santíssima Virgem, verdadeira mãe e medianeira das graças, constantemente suplica a seu Filho que venha em pronto socorro de seus filhos que padecem no grande vale de lágrimas que é a terra.
        A Santíssima Virgem nos consola no caminho de nosso calvário, não para retirar de nós a Cruz, mas para nos apoiar e nos servir de consoladora.
        Em Maria, verdadeiro lírio entre os espinhos, encontramos a consolação de Deus, ministrada como prêmio aos corajosos de seguir o caminho do calvário e serem crucificados.
        A primitiva igreja da Consolação, em São Paulo, foi fundada em 1799 por alguns devotos, no antigo caminho da aldeia de Pinheiros, hoje a conhecida Avenida da Consolação. Eles pediram licença para construir uma capela próxima ao cemitério onde lhes fora doado o terreno, e, logo após a aprovação do prelado, começaram a edificar a pequena ermida, inaugurada um ano depois. A Igreja de Nossa Senhora deu sorte ao novo bairro paulistano que logo começou a prosperar, mudando de aspecto em poucos anos, com vários melhoramentos e obras públicas.
        O desenvolvimento foi tão rápido que em 1840 a igreja da Consolação foi ampliada para melhor atender ao grande número de fiéis que ali acorriam a fim de assistirem aos ofícios religiosos.
        Pouco depois fundava-se a irmandade de Nossa Senhora da Consolação com a dupla finalidade de cuidar do templo e dos morféticos da cidade.
        Em 1907, o antigo santuário da Consolação foi derrubado, cedendo lugar ao que ali se encontra atualmente com sua torre alta e ornamentada interiormente pelos painéis de eminentes artistas nacionais, como Oscar Pereira da Silva e Benedito Calixto. Somente a velha imagem da padroeira não mais voltou ao seu templo, estando hoje em dia no Museu da Cúria Metropolitana. 

ORAÇÃO:
Lembrai-vos ó puríssima Virgem Maria da Consolação,
do poder ilimitado que vos deu vosso Divino Filho, Jesus, 
sobre o seu Coração adorável.
Cheio de confiança na onipotência de vossa intercessão,
venho implorar o vosso auxílio.
Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças
que brotam do Coração amabilíssimo de Jesus Cristo; 
abri-a em meu favor, concedendo-me a graça
que ardentemente vos peço.
Não quero ser o único por vós rejeitado;
sois minha Mãe; sois a soberana do Coração
de vosso Divino Filho.
Atendei, pois, benignamente a minha súplica;
volvei sobre mim vossos olhos misericordiosos
e alcançai-me a graça (...)
que agora fervorosamente vos imploro.
Amém.

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