quarta-feira, 29 de agosto de 2018

30-NOSSA SENHORA DE LUJÁN (PADROEIRA DA ARGENTINA), 8 DE MAIO


        Na Argentina a devoção mariana remonta aos seus colonizadores, em maio de 1630. Diz a tradição que nas guerras da independência os conquistadores e generais não saíam para as batalhas sem antes pedir com seus soldados a proteção da Virgem Maria. Entre os muitos santuários dedicados a Nossa Senhora, destaca-se o de Luján, cerca de 67 km a oeste de Buenos Aires.
        Não podemos deixar de mencionar que o papa Francisco, é um dos filhos da Virgem de Luján, padroeira da Argentina, seu país de origem!
        A origem do título Nossa Senhora de Luján é contada de pai para filho.
        Um cavalheiro português muito piedoso e devoto de Maria Santíssima, Antonio Farias de Sá, habitante de Sumampa, hoje Santiago deI Estero, resolveu construir em sua estância, próxima à cidade de Córdoba del Tucuman, uma ermida dedicada à Imaculada Conceição, encomendando-lhe uma efígie da Virgem Imaculada para sua capela em Sumampa.
    Escreveu então a um amigo, também português, residente em São Paulo, no Brasil, encomendando-lhe uma imagem da Imaculada Conceição, para sua capela de Sumampa.
O amigo enviou-lhe, duas ricas esculturas em caixotes separados, sendo uma delas a da Senhora da Conceição e a outra, uma estátua da Mãe de Deus com o menino nos braços. 
        Após tranquila travessia marítima, as duas imagens chegaram ao porto de Buenos Aires e forma colocadas num carro de bois, que seguia com outros carros, levando mercadorias para o interior. 
        Três dias depois, a caravana acampou a uns 5km da vila de Lujan, num rancho pertencente a outro português, D. Rozendo Oramas, proprietário de terras na região. Ali pernoitaram. Na manhã seguinte, trataram de ajuntar os bois e seguir viagem. Sucedeu então um fato extraordinário que encheu de assombro as pessoas presentes. Todas as viaturas andaram facilmente, exceto a que levava as estátuas. Por mais esforço que fizessem, o carro continuava imóvel, como se estivesse chumbado à terra por força invisível. 
        Ao lado pode-se observar a imagem da Virgem de Luján sem o manto que a envolve.
        O carreteiro, indagado sobre o que transportava, respondeu que nada de extraordinário, exceto dos caixotes com estatuetas de Nossa Senhora para um amigo. O acontecimento repercutiu logo nos arredores e inúmeros curiosos acorreram ao local. Os espectadores, admirados, aconselharam que se tirasse toda a carga. Imediatamente, sem nenhuma dificuldade, os bois puxaram a viatura. Foi então que um dos presentes, como por inspiração divina, sugeriu ao condutor que tirasse um dos caixotes. O carro porém ficou do mesmo jeito. "Troquem os caixotes e veremos o que acontece", falou o mesmo assistente. Na mesma hora os bois se puseram a andar por si mesmos, sem nenhum estímulo.
        Vendo no ocorrido o dedo de Deus, que tão claramente se manifestava, entenderam que a Virgem Maria desejava um santuário naquele lugar.
       Abriram o caixote para ver a milagrosa imagem e deram-lhe o título de Nossa Senhora de Lujan, porque foi a margem do rio Luján que aconteceu o prodígio. 
        Esse local ficou conhecido como a "detenção da carreta" ou o "milagre de Luján".
        Felizes por terem sido testemunhas daquele fato miraculoso, os viajantes e os assistentes levaram com muito respeito e devoção a efígie da Imaculada Conceição para a fazenda de D. Rozendo de Oramas, colocando-a em seu oratório. Foi construída mais tarde uma capela, onde a Virgem começou a receber o culto dos fiéis. 
        Não comportava mais, portanto, a primitiva capela, o número sempre crescente dos que vinham de perto e de longe implorar o socorro de Nossa Senhora de Luján, de modo que em 1874 foi projetado o atual santuário, em estilo gótico, com duas torres de 106 metros de altura. 
        O esplêndido santuário, cuja beleza arquitetônica é uma das glórias da República Argentina, recebe  anualmente milhares de romeiros, provenientes de todas as partes da América. No entanto, sua imagem milagrosa, venerada por milhares de fiéis argentinos, é genuinamente brasileira. 
        A outra imagem da Virgem com o Menino foi levada para Sumampa e atualmente é venerada sob o título de Nossa Senhora da Consolação. 
        O Padre Salvaire, em 1886, apresentou ao papa Leão XIII, o pedido dos bispos e dos fiéis argentinos para a coroação da Virgem, o pontífice abençoou a coroação e institui missa e dia para as festividades da Virgem, foi instituído, no sábado e a Coroação foi realizada em 08 Maio de 1887 e em 1930 Nossa Senhora de Luján foi declarada padroeira da Argentina. 
        A imagem de Nossa Senhora de Luján é uma pequena escultura de cerca de 45 cm de altura. Representa Nossa Senhora da Conceição com a lua debaixo dos pés e todo o corpo coberto por um manto bordado, deixando aparecer somente as mãos e o rosto da Senhora. Sobre ele pende um enorme colar, terminando com uma cruz e na cabeça ela usa uma coroa imperial. Geralmente sua vestimenta é de cetim branco bordado a ouro. 
Sua festa principal é celebrada no dia 8 de maio.

ORAÇÃO:
Ó Virgem Santíssima de Lujan! 
A ti recorremos 
neste vale de lágrimas, 
atraídos pela fé e pelo amor 
que tu mesma infundistes 
em nosso coração.
Ó Mãe querida! 
Alivia a nossa dor, 
consola as nossas angústias, 
dá-nos o pão material 
e o alimento espiritual 
para fortalecer o nosso corpo 
e a nossa alma. 
Faze com que não nos falte 
um emprego estável 
e uma justa remuneração. 
Elimina o ódio e o egoísmo 
do coração de todos os homens.
Virgem Santíssima de Lujan! 
Ilumina o nosso caminho 
para que, unidos na paz e fraternidade, 
com todos os irmãos da terra, 
continuemos a marcha gloriosa 
para a casa do Pai. 
 Abençoa, ó Mãe, a Argentina, 
cujos filhos cantam os teus louvores, 
agora e pelos séculos dos séculos. 
Amém.

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